Não foi sentida a Europa nas Cerimónias a Mandela
Como é evidente nas cerimónias de despedida a Mandela, não
haveria que serem ouvidos representantes de cada Continente, mas a Europa não
ter uma voz presente, seria impensável há 15 anos atrás.
Mas, hoje, é uma realidade nas mais diversas situações em
que a Europa não só já não tem qualquer centralidade, como por si mesmo se
exclui, ao não se saber fazer unir.
E, a Alemanha não é uma potência suficientemente grande para
por si representar-se como um espaço de presença num mundo globalizado. E o
Continente Europeu onde todos estamos e a Alemanha também, não estando a
conseguirmos a União de facto, vamos ficar demasiado esquecidos e a perder toda
e qualquer representatividade.
Se, já se pensa que os EUA vão em definitivo, virar-se para
o Pacifico para chegar “amigavelmente” à China, India, Japão, virando as costas
ao Atlântico, esquecendo a Europa, esta nada faz para contrariar esta situação.
Se nos continuarmos a anular, a não querer entender,
tentando muito rápida e pacificamente unir, apesar das nossas diferenças linguísticas
e passados históricos, num espaço único e verdadeiro Europeu, vamo-nos derreter,
e cada vez mais, sem retorno.
Se seguirmos o caminho que vimos a macerar, se continuarmos
sem rumo, sem unidade, a deixarmo-nos ser comprados pelos países dos outros Continentes,
que hoje estão endinheirados, dentro em muito pouco seremos unicamente o Museu
do Mundo.
Como tal, toda a nossa história País a País, será, bem como
tudo o que a representa - monumentos, museus e tudo mais - propriedade não nossa,
e seremos visitados quais animais em cativeiro, por quem nos vier dar umas
esmolas para irmos sobrevivendo à penúria em que nos deixámos cair, afogar.
Ainda temos uma última oportunidade de levantar a cabeça.
Mas com todos estes sinais de desunião e decadência que sentimos cá dentro e
que os outros, lá de fora, sabem que são uma realidade, somos o prenúncio
exactamete do inverso, da decadência europeia a cada dia que passa!
Augusto Küttner de Magalhães
Dezembro 2013
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