terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Não foi sentida a Europa nas Cerimónias a Mandela


Não foi sentida a Europa nas Cerimónias a Mandela


Como é evidente nas cerimónias de despedida a Mandela, não haveria que serem ouvidos representantes de cada Continente, mas a Europa não ter uma voz presente, seria impensável há 15 anos atrás.

Mas, hoje, é uma realidade nas mais diversas situações em que a Europa não só já não tem qualquer centralidade, como por si mesmo se exclui, ao não se saber fazer unir.

E, a Alemanha não é uma potência suficientemente grande para por si representar-se como um espaço de presença num mundo globalizado. E o Continente Europeu onde todos estamos e a Alemanha também, não estando a conseguirmos a União de facto, vamos ficar demasiado esquecidos e a perder toda e qualquer representatividade.

Se, já se pensa que os EUA vão em definitivo, virar-se para o Pacifico para chegar “amigavelmente” à China, India, Japão, virando as costas ao Atlântico, esquecendo a Europa, esta nada faz para contrariar esta situação.

Se nos continuarmos a anular, a não querer entender, tentando muito rápida e pacificamente unir, apesar das nossas diferenças linguísticas e passados históricos, num espaço único e verdadeiro Europeu, vamo-nos derreter, e cada vez mais, sem retorno.

Se seguirmos o caminho que vimos a macerar, se continuarmos sem rumo, sem unidade, a deixarmo-nos ser comprados pelos países dos outros Continentes, que hoje estão endinheirados, dentro em muito pouco seremos unicamente o Museu do Mundo.

Como tal, toda a nossa história País a País, será, bem como tudo o que a representa - monumentos, museus e tudo mais - propriedade não nossa, e seremos visitados quais animais em cativeiro, por quem nos vier dar umas esmolas para irmos sobrevivendo à penúria em que nos deixámos cair, afogar.

Ainda temos uma última oportunidade de levantar a cabeça. Mas com todos estes sinais de desunião e decadência que sentimos cá dentro e que os outros, lá de fora, sabem que são uma realidade, somos o prenúncio exactamete do inverso, da decadência europeia a cada dia que passa!

 

Augusto Küttner de Magalhães

Dezembro 2013

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