Palco
Na janela da vida
Olho imagens fugidiasCaminhando nas nuvens d’uma esperança,
Que caminha.
Com olhos nos olhos
Desses corpos vou pensando,Que com mãos nos olhos
Fugindo a tal
Caminho também
Nas nuvens dessa esperança,
Tão triste que os tristes
Da vida terrena,
Que nascem e morrem
Na rua.
Da janela da vida
Não olho mais;Igual a eles
Eu o sou.
nota: poema tecido na década de sessenta, do séc. XX
José Amaral
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