quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

em 'O Livro em Branco' - 19 (continuação - pág. 31)


Palco

Na janela da vida
Olho imagens fugidias
Caminhando nas nuvens d’uma esperança,
Que caminha.

Com olhos nos olhos
Desses corpos vou pensando,
Que com mãos nos olhos
Fugindo a tal
Caminho também
Nas nuvens dessa esperança,
Tão triste que os tristes
Da vida terrena,
Que nascem e morrem
Na rua.

Da janela da vida
Não olho mais;
Igual a eles
Eu o sou.

nota: poema tecido na década de sessenta, do séc. XX

José Amaral

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