Joaquim Coelho, sem diminutivos ("senhor doutor", "vossa excelência" ou outros), passa a ser uma referência pelas melhores razões. Conta-nos o JN de 7 de Dezembro que encontrou uma carteira com dinheiro e foi entregá-la à Polícia (com o dinheiro), não ficando hipnotizado pelas notas de cem euros.
A primeira reflexão a que Joaquim Coelho me obriga é olhar para dentro de mim e perguntar: - faria eu o mesmo que ele? Resposta: - não sei!
Tenho ouvido muitas pessoas a louvarem a sua atitude, e a manifestarem admiração. Mas admiração por quê? Porque o Bem é assim tão raro que até merece ser notícia? Ou porque o Mal é menos frequente que o Bem, mas mais noticiado do que este? Inclino-me mais para esta última hipótese pois, como diz a sabedoria chinesa, "faz mais barulho uma árvore a cair do que uma floresta inteira a crescer". Existe muita quantidade de Bem, praticado de forma silenciosa, como, aliás, fez Joaquim Coelho, e como Deus nos recomenda. Ao o invocar o nome de Deus nesta conversa, logo pode vir alguém (legìtimamente) enriquecê-la, fazendo a pergunta simétrica: - "Se Deus existe, como explicar o Mal"?
Joaquim Coelho afasta-se deste debate eterno e inconclusivo, não perde tempo, deixa os filósofos para trás, e vai pelo atalho mais seguro, mais directo e mais eficaz para chegar a Deus: - a prática incessante do Bem, que é aquilo que ele, de certeza, faz da sua vida! Quando os filósofos Lá chegarem, já Joaquim Coelho estará há muito tempo à espera deles! Esta reflexão é a minha homenagem e agradecimento ao Bom carpinteiro de Vila da Feira por nos ter dado a mais bela mensagem de Natal.
José Madureira
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