sábado, 14 de dezembro de 2013

em 'O Livro em Branco' - 20 (continuação - pág. 32)



 Melancolia

 oh que tristeza vai em minh’alma
ante a passividade destas colinas,
serenas como majestosos tótemes,
escarnecendo das mágoas do passante.

 que angústia daqueles que sofrem,
sozinhos, sem ninguém.

 lá longe ouve-se o cantar das avezitas,
alegres, voando livremente.

 a comoção é tal,
que não ouço o assobiar
do vento entre o vale.

 meu coração está triste,
as avezitas chilreiam
e minh’alma chora.

 nota: poema que fiz nos finais dos anos 50 do séc. XX

 

José Amaral

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