domingo, 7 de fevereiro de 2016

CARNAVAL ORÇAMENTAL

O que se tem passado à volta do Orçamento de Estado de 2016 (O.E.) parece um corso carnavalesco, onde não faltam mentiras, chantagens, hipocrisias, figurões e mascarados.

Após PSD/CDS terem perdido a maioria de deputados na Assembleia da República, em 4 de Outubro de 2015, e de durante quase os dois meses seguintes se terem servido de inconcebíveis e irracionais artifícios e argumentos, para tentar impedir a legítima substituição do seu governo, tentam aproveitar uma nesga de luz, após o resultado das recentes eleições presidenciais, para procurar sair das suas trevas letárgicas, ensaiando um carnaval orçamental a propósito do O.E. 2016 e animados pela ajuda externa dos usurpadores de soberania.

U.E., B.C.E., F.M.I., agências de rating, mercados e PSD/CDS tinham decidido que a austeridade era para sempre, mas que aos portugueses fosse transmitido que era temporária, na linha de mentiras utilizadas nas suas campanhas eleitorais: em 2011, de que rendimentos e direitos não iam ser cortados; e, em 2015, com as maravilhas das contas públicas e a devolução da sobretaxa.

U.E. tão rigorosa e preocupada, agora, com algum alívio de austeridade e devolução de direitos roubados aos portugueses, fechou os olhos desde 2012, quando considerou o Banif falido, não exigindo a resolução do problema, sendo conivente na sua ocultação com o PSD/CDS, para armadilhar o caminho do governo do PS, através do aumento do défice orçamental e contribuindo, ao mesmo tempo, com quase metade do aumento verificado em 2015, de mais de 5 mil milhões de euros na dívida portuguesa.


Claro que o cortejo ainda vai mo adro, com muitos sorrisos amarelos e reservas mentais dos representantes dos ricos e poderosos, à espera de hesitações e escorregadelas, para tentar interromper um percurso difícil de repor alguma dignidade na vida da maioria dos portugueses.

1 comentário:

  1. Não tenho duvidas amigo Ernesto, que as entidades que refere são as grandes culpadas pelo estado calamitoso em que nos encontramos. Nós, e não só, evidentemente. E a nível mundial, acrescento mais duas: EUA e NATO.

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