O que se tem passado à volta do
Orçamento de Estado de 2016 (O.E.) parece um corso carnavalesco, onde não faltam
mentiras, chantagens, hipocrisias, figurões e mascarados.
Após PSD/CDS terem perdido a
maioria de deputados na Assembleia da República, em 4 de Outubro de 2015, e de durante
quase os dois meses seguintes se terem servido de inconcebíveis e irracionais
artifícios e argumentos, para tentar impedir a legítima substituição do seu governo,
tentam aproveitar uma nesga de luz, após o resultado das recentes eleições
presidenciais, para procurar sair das suas trevas letárgicas, ensaiando um
carnaval orçamental a propósito do O.E. 2016 e animados pela ajuda externa dos
usurpadores de soberania.
U.E., B.C.E., F.M.I., agências de
rating, mercados e PSD/CDS tinham decidido que a austeridade era para sempre,
mas que aos portugueses fosse transmitido que era temporária, na linha de
mentiras utilizadas nas suas campanhas eleitorais: em 2011, de que rendimentos
e direitos não iam ser cortados; e, em 2015, com as maravilhas das contas
públicas e a devolução da sobretaxa.
U.E. tão rigorosa e preocupada,
agora, com algum alívio de austeridade e devolução de direitos roubados aos
portugueses, fechou os olhos desde 2012, quando considerou o Banif falido, não
exigindo a resolução do problema, sendo conivente na sua ocultação com o
PSD/CDS, para armadilhar o caminho do governo do PS, através do aumento do
défice orçamental e contribuindo, ao mesmo tempo, com quase metade do aumento verificado
em 2015, de mais de 5 mil milhões de euros na dívida portuguesa.
Claro que o cortejo ainda vai mo
adro, com muitos sorrisos amarelos e reservas mentais dos representantes dos
ricos e poderosos, à espera de hesitações e escorregadelas, para tentar
interromper um percurso difícil de repor alguma dignidade na vida da maioria
dos portugueses.
Não tenho duvidas amigo Ernesto, que as entidades que refere são as grandes culpadas pelo estado calamitoso em que nos encontramos. Nós, e não só, evidentemente. E a nível mundial, acrescento mais duas: EUA e NATO.
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