O MAIS ANTIGO CÓDIGO DO MUNDO
Hamurabi de
Babel estabeleceu, por volta de 1750 a.C., em escrita cuneiforme, gravada na
pedra(diorite) a sua grande coletânea de leis. Este rei impôs a si próprio como
tarefa “disciplinar os maus e os mal intencionados e impedir que o forte
oprimisse o fraco”.Exortava o juíz a manter-se imparcial e a castigar
severamente o falso testemunho.
Se algum
arromba uma casa para roubar, deverá ser morto; se há fogo numa casa e alguém
que vai apagar aproveita para se apoderar dos bens lá existentes, deverá ser
lançado ao fogo; se alguém levar à força a filha de outrém e a violar, deverá
ser morto; a mulher que diz ao marido “tu não és meu marido” sem motivo para
tal, deve ser lançada ao rio ou atirada do alto de uma torre.
Hamurabi deu
à mulher o direito de pedir o divórcio quando o marido deixa de cumprir as suas
obrigações; estabeleceu três classes sociais e impediu a exploração do fraco
pelo forte; estabeleceu preços máximos para os produtos de primeira necessidade.
Em muitos
aspectos, as leis de Hamurabi apresentam semelhança com a Lei de Moisés, cinco
séculos mais tarde, com a diferença de que as primeiras tinham um carácter
puramente jurídico, enquanto a mosaica apresenta carácter religioso.
Embora aos olhos
de hoje pareçam impiedosos os castigos prescritos, para aqueles rudes tempos
representavam um enorme progresso.Procurava também tornar impossível a justiça
pelas próprias mãos; à face da lei a vingança e a justiça pessoal eram delitos,
o que ultrapassa a lei judaica do “olho por olho, dente por dente”.
O código de
Hamurabi conheceu um ressurgimento no Império Persa, sobreviveu no direito
muçulmano e, de certa forma, até no direito romano.
Transcrito
por Amândio G. Martins
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