“
Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso
deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do
arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o
obsequioso silêncio dos cobardes.(…) Não luto pelo meu mandato
por vaidade ou por apego ao poder. Luto pela democracia, pela verdade
e pela justiça.”
Foi
assim, desta forma digna e vertical, que Dilma Rousseeff, a
presidente eleita do Brasil, se dirigiu aos oportunistas, aos
golpistas, que lhe usurparam o lugar para que fora democraticamente
eleita pela maioria dos eleitores brasileiros. A cassação do seu
mandato sem que tenha cometido crime de responsabilidade.
Dói
ver aquele imenso país de inúmeras potencialidades, à deriva,
minado pela corrupção, pela sede de poder, pela ambição
desmedida. Dói ver aquele povo de 200 milhões de almas que fala a
língua de Camões, indefinidamente à espera de pão e sossego. Nos
últimos anos, teve mais algum. Mas os que sempre tiveram a pança
cheia, não querem repartir nenhum, com os que lhe a enchem. Com os
que nada têm.
Que
as palavras de Dilma, a mulher que na sua juventude enfrentou a
ditadura, sejam o novo grito do Ipiranga, e que os milhões de
brasileiros mais esclarecidos, dignos e patriotas, não se rendam. O
gigante encontrará rumo certo. Será bom não só para o Brasil, mas
também para toda a América Latina e para o mundo. Os democrata de
lá, de cá e de todo o lado ,assim o desejam.
Francisco
Ramalho
Corroios,
2 de Setembro de 2016
Hoje,7/9, no DN
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