É evidente que a democracia tem custos. O que não deve é proporcionar
mordomias aos políticos que por definição são servidores dos que os
elegeram,tema muito bem retratado no artigo de opinião ( JN de 23/9) de
Felisbela Lopes intitulado " A cegueira das elites".
Os extremismo que defendem que tudo que é estatal é mau é igual ao daqueles
que consideram que o privado é só para o lucro.
Os cortes de financiamentos ás escolas particulares e cooperativas é um
sinal de uma estalinização que defende que só ao estado cabe o dever de ensinar
e quem assim não quer então que pague.
Como diz o meu professor do Instituto Cultural que frequento- o mínimo que
se devia exigir a um político era a obrigação de ler " Portugal
Contemporâneo de Oliveira Martins- pois era importante saberem alguma coisa
sobre a história da educação em Portugal.
Certamente que haverá escolas privadas com contrato de associação
onde houve abusos; mas nem de longe nem de perto é a generalidade das
situações. O ensino, em Portugal, muito deve aos particulares. Apenas como
exemplo basta referir que no pós 25 de Abril só foi possível criar a rede
estatal de jardins de Infância recorrendo a educadoras formadas nas escolas
João de Deus ou Paula Frassineti. Só mais tarde o Estado criou as Escolas
Superiores de Educação para formar educadoras de Infância.
A grande explosão da escolaridade obrigatória criada pela nossa democracia
só foi possível recorrendo a estas escolas a que Portugal muito deve.O
motivo do não financiamento deve-se
essencialmente ao decréscimo demográfico e nunca por motivos económicos pois
todos sabemos que a maior parte destas escolas oferecem melhores serviços e a
custos mais baixos que o Ensino estatal .
Quem tem dinheiro para poder investir na educação dos filhos e vive em
Lisboa ou Porto opta por escolas estrangeiras; que o diga a Srª secretária de
Estado Margarida Leitão.
Ao Engº Rui Sá aconselho a leitura
de Rosário gamboa publicado no JN “Os
números da pobreza”. Conheço-a bem e garanto que não é da direita nem acha que
se deva criar uma democracia a custo Zero.
António Barbosa
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