Os jornais perderam todo o interesse. Servem
para alimentar egos de mensageiros, moços de recados, uma que outra diva em
ascensão ou queda, alguns distraídos que persistem, ingénuos até ao abismo.
Resta um punhado de jornalistas de
referência, que mesmo num esforço de memória será difícil nomear. Quando o último
for corrido da redacção - faltará muito
pouco – essas salas estarão povoadas de assalariados mal pagos, com os joelhos
constantemente a tremerem nos medos de terem de voltar novamente para casa dos
pais.
Para que isso não aconteça fazem tudo
o que lhes mandam, até mentir, forjar, procrastinar, vender a alma.
A Censura seria uma virgem imaculada e
puríssima, se se fizessem comparações com os requintes da manipulação de quem –
anónimos de rosto desconhecido e sem nome que se saiba – orquestram os fios das
marionetas que põem no palco dos jornais dos tempos de agora.
Qual é a verdade? Onde está a verdade?
Perguntas definitivamente sem resposta.
se por um lado estas são as dúvidas do leitor, por outro, os que enviam opinião de cidadão, gostariam de serem considerados e tratados com , no mínimo, urbanidade.
A realidade é que os jornais não precisam de nós para
nada. E nem nos querem ver!
A arbitrariedade com que publicam-não
publicam opiniões de cidadania, as escolhas que fazem, a qualidade dos temas,
dos assuntos, a boa escrita, a oportunidade, “sempre os do costume” , é a prova
do desleixo, da omissão, quase antipatia, da pouca consideração que nutrem por
nós.
Estamos perto do momento em que pouco mais que uma frase perdida de contexto, numa esquina recôndita de um jornal, será publicada. E o certo é que não podemos fazer absolutamente nada por isso!
Da minha parte já há algum tempo que os mandei todos dar uma volta. As palavras, se fizerem sentido, demore o tempo que demorar, acabarão por encontrar um caminho que as leve ao ar fresco, a ganharem a liberdade de ser lidas e ouvidas.
Comentário de análise profunda da realidade, que convida ao desencanto, mas que é justo e sábio. Como de costume, o Luís, trata os bois pelos nomes. Um abraço, com o meu profundo reconhecimento da razão que lhe assiste.
ResponderEliminarQuero desta forma subscrever na integra a sua correctíssima analise acerca deste assunto dos jornais nos mandarem às "urtigas", e aproveito a frase que mencionou no seu texto-opinião, que diz bem como somos tratados pelos jornais, que com o devido respeito passo a citar..."A realidade é que os jornais não precisam de nós para nada. E nem nos querem ver!
ResponderEliminarMuito bem, aceite aquele abraço fraternal do,
Mário Jesus