Assisti pela
CNN à inauguração da presidência Trump.Trump nunca pertenceu ou seguiu a
política profissional. O Partido Republicano teve de o "engolir",
depois de uma confrontação dura com vários oponentes. E depois venceu com outra
campanha duríssima, a sua anterior amiga Hillary Clinton. Todos os mídia
americanos estiveram contra ele. Foi (e continua) políticamente incorrecto. Mas
venceu quando ninguém esperava. Claro que tem sido um elefante numa loja de
porcelanas. Washington, a capital da política e dos lobbies estava hoje ainda
em choque, quando Trump leu o seu discurso. Quando se calhar pensavam que ele
mudar o discurso de campanha, devem ter ficado arrasados pela dureza das suas
primeiras palavras. O seu lema será "America first", quer seja na
política, nas relações externas, nos impostos, na indústria, na Economia. Todos
serão bem-vindos, pretos, castanhos e brancos. Todos nasceram iguais perante o
Criador. Vamos acabar com a carnificina nas cidades, reforçar a autoridade das
forças da ordem, procurar a paz. Citei de cor algumas referências. Depois
dirigiu-se a todos os americanos do interior, das cidades outrora
industrializadas e hoje desertas dos seus operários, com a saída das indústrias
para outros países. Daqueles que têm empobrecido, enquanto Washington e a sua
classe política tem prosperado. As classes médias que têm sido arrasadas. Foi
um discurso absolutamente radical, como nenhum outro presidente americano da
minha geração jamais ousou proferir. E até um discurso com uma perspectiva de
esquerda, dada a grande atenção aos mais desprotegidos aos desempregados e aos
mais pobres. Confesso o meu espanto. Claro que a União europeia não vai gostar.
Claro que os países da NATO que têm usufruído de apoio militar americano, terão
a partir de agora de o pagar. Claro que a China vai estrebuchar, mas enfim,
teremos uma lufada de ar fresco na velha maneira de fazer política. Talvez
possa haver menos guerras, pois este homem é um negociante nato, um empresário.
Não o estou sinceramente a ver atacar regimes e países só por razões
ideológicas, ou para impôr-lhes regimes políticos "american made",
como tantos anteriores presidentes republicanos e democratas têm feito nas
últimas décadas.
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