Bom dia, sr. Diretor,
venho por este meio manifestar o meu descontentamento (e sei que de muitos outros leitores) face ao cancelamento do espaço do leitor no DN.
Não são poucas as vezes que os portugueses são criticados pela pouca motivação para a participação cívica e desinteresse pelas causas públicas.
Há, porém, muitos cidadãos que se dão ao trabalho de pensar e refletir sobre a sociedade, a educação, a política e outros assuntos e, ao faze-lo, têm na escrita a sua principal forma de participação (“os que se dão à canseira não raro incompreendida e pouco acarinhada de escrever cartas de autoria corretamente identificada e, por definição, três vezes pensadas: ao conceber o escrito, ao redigir e ao rever” – escrevia Óscar Mascarenhas ,a 6 de setembro de 2014, enquanto provedor do leitor do DN).
Desde janeiro deste ano que o Diário de Notícias nos tem deixado perplexos e indignados. Deixamos de encontrar o habitual espaço para as cartas /opiniões dos leitores. Lembro-me de que o DN chegou a destacar uma carta por dia e a publicá-la também na edição online.
Tudo isso acabou! Não compreendemos essa decisão. Porque explica-la numa edição próxima?
Pedimos que repensem essa postura. Há leitores que desistiram do DN! É isso que pretende a direção deste jornal de referência?
Faço alusão, novamente, a Óscar Mascarenhas, noutro artigo sobre as cartas dos leitores, e também de 2014 (ano do 1º Encontro Nacional de Leitores em Coimbra):
“quem mais ganha ao lhes albergar as opiniões é o jornal. (…) Num tempo em que se aposta na participação dos leitores, é preciso recuperar as raízes dos jornais, precisamente uma das que se implantou mais fundo no coração dos leitores, que são a razão de ser de um jornal.”
( cf: http://www.dn.pt/opiniao/ opiniao-dn/oscar-mascarenhas/ interior/leitores-do-dn-para- quem-o-jornal-e-seu-podem-e- devem-participar-4111154.html) .
( cf: http://www.dn.pt/opiniao/
É de lamentar que esta direção já não se identifique com esta posição.
Mas esperamos que algo se faça a bem da democracia e da participação livre dos cidadãos.
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