Sporteringonça
Há já alguns anos que oiço falar de uma geringonça e sem
nunca ter percebido do que se tratava. Até que chegou finalmente todo o
entendimento, como ketchup, no sentido que Ronaldo usou para explicar um certo
jejum. Nos últimos dias, tem-se construído e desenrolado uma crise num circo de
leões, a que chamam também, criseringonça, e mais ainda sportingonça. Como é do
conhecimento público, o circo tem vários números e personagens, com papéis e
funções, unidos como familiares equipados com as mesmas cores e que remam no
mesmo sentido - dar espectáculo. Embora apelidados uns, como sportinguistas, e outros,
sportingados, todos entram na arena a cantar o mesmo hino, emocionante. Até o
treinador das feras, e o presidente bloguista da turma, vertem uma lágrima pelo
canto do olho, na hora de ver os artistas entrarem em cena. Sócios e adeptos,
compõem a partir da bancada com o seu entusiasmo, a festa, que promete vitórias
e sucessos, como nunca se houvera visto. Porém, à medida que surgem os
fracassos, e as feras deixam de obedecer e até serem ultrajadas, o circo abana
e correm o risco de debandarem, e porem em causa o principal domador e a
própria estrutura, a que chamam clube e sociedade sem nome. Tudo com desportivismo.
Assim, nascem acusações como bebés numa maternidade, denunciado em post, aonde
o pai regista, que é ele que manda antes da mãe, e outros afirmam, que com tal
personalidade inquieta na presidência do circo, não há paz. O espectáculo
cresce, e os episódios surgem entre comentários diversos, que deixam toda a
gente desconfiada de que o homem, mestre-sala e presidente do clube, não anda
bem, ou anda transtornado. Levantam-se dúvidas se não será do número de filhos
que vai somando por aqui e por ali, originados em vários relvados ou pelados,
ou se serão apenas dores de parto, simples, que o afligem desde o banco
assistente, que qualquer Barroso cirurgião e apoiante, desdramatiza de olhos
bem fechados. Pedem o que já pediam ao chefe máximo. Que feche a matraca,
largue o facebook, que vá para a bancada como os demais, ao qual ele responde
que tal atitude, corresponderia a perder a voz, e continuar rouco. Não é por
falta de mudança de óleo verde, que o dono desta geringonça ronca daquele modo.
Agora quer por em discussão o ponto 40 dos Estatutos, como se fosse um paralelo histórico
entre coreias antagónicas. Enquanto esperamos pelos próximos episódios do
folhetim leonino, nós que não somos lagartos e não rastejamos, aconselhamos o
Bruno, personagem desta epopeia, a mudar de óleo mais vezes, para não deixar
encaroçar a máquina, que ele tanto quer conduzir - a sporteringonça!*
-*(pubcdº no Destak-abvdº.- e no DN.madª-intgrl.)
-*(pubcdº no Destak-abvdº.- e no DN.madª-intgrl.)
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