domingo, 8 de abril de 2018

Pai terreno


São já quase declarados 18, os filhos, de padres que oram junto ao altar da santa madre igreja. Número que constitui o semelhante a uma equipa e meia de futebolistas. Quem diz que os representantes de Deus na Terra não gostam de molhar a sopa, está muito equivocado, ou anda distraído enquanto vai à missa de tais santos e pecadores. Não é crime gostar-se de jogar num relvado peludinho, encaracolado, ou até bem aparado, como agora se exibe, por áreas tentadoras, e fazer golo logo que a baliza à mercê, se escancara. À medida que o tempo faz caminho, a boa nova chega num carrinho de bebé e alimenta-se, não de hóstia sacra, mas de biberão e papas de mercearia, como o fazem outras famílias nos seus lares, mas sem tanto segredo como o que vai pela paróquia, que estola e batina esconde por debaixo. Dirão uns e umas, e estas são mais do que aqueles, de que os “apóstolos” de hoje que servem a Igreja Imaculada, e que juraram ou fizeram votos de castidade e fidelidade ao Senhor, são homens como os demais, e carregam vícios e virtudes, tão apreciadas ou condenáveis, como os simples pecadores como nós, e gostam do que é bom. Sim. Porque sexo é bom e faz bem, sob qualquer raio de luz, segundo todos os estudos. Então se assim é, qual a razão para tanta abstinência, tanta treva, sobre uma questão de lençóis e suor, tanto sufoco e gemido abafado provocado pelo diabo à solta com o pavio quente e a chama nos olhos? Ainda por cima contribuem para aumentar o índice de natalidade crítico que se vive, o que é de erguer as mãos para o céu em louvação. Conclui-se então, o que os bispos e a sociedade laica, concordarão e aceitarão cada vez mais, de que o que é proibido ao homem, é sofrer por teimar em dizer, que, desta água nunca beberei, e pedir ao Pai que afastem deles, o terno e amoroso cálice que serve ao bom pecado e melhor fim. Haja fé e um pouco mais do resto!


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