A Cultura em Portugal, no desgoverno anterior, atingiu um estado de calamidade pública. É
cínica e vergonhosa a atitude do CDS vir lançar críticas contra a política cultural, já que a
atirou para os fojos da miséria entre 2011-2015.
Acalentou-se alguma expectativa no sector da Cultura com o Governo PS. Sinalizava no seu programa ojectivos artísticos e o ministro da Cultura, sendo um criador, dava esperança. Em vão… Os níveis de financiamento para esta área, mesmo reforçados, são insuficientes. Sem verbas, as estruturas culturais não conseguem chegar às pessoas.
O Governo compromete-se em promover o interior, mas o modelo para o apoio às Artes aí,
não se verifica. A não dotação ao Teatro Garcia de Resende de Évora é um infeliz exemplo. Os (irrisórios) 0.2% do Orçamento de Estado para atribuições deviam fazer corar de vergonha quem os dá… e, mesmo assim, vêm a destempo, pois as Companhias já têm imensas despesas desde o início do ano. Haverá justos protestos dos agentes culturais, numa mobilização nacional com vista a reverter as disparidades entre os que se candidataram às verbas que ficam aquém das necessidades. Ninguém quer subsidiodependência, mas sim!, que não se deixem cair estruturas artísticas e que se dê sequência ao plasmado na Constituição: Direito à Cultura! É urgente que as Artes tenham maior peso, pois são o motor para alavancar uma sociedade que se pretende evoluída e feliz!
A injustiça e o erro que está a ser seguido na atribuição das verbas é ostensivamente hostil em relação às Companhias de Teatro com um histórico notável. É um crime o TEC - Teatro Experimental de Cascais ter ficado sem verba. Esta admirável Companhia tem um histórico de décadas com representações em palco notáveis!
Enquanto não houver a disponibilização de 1% do OE para a Cultura, esta será sempre subfinanciada. Será um parente pobre. Um Povo inculto é fácil de domar!
Vítor Colaço Santos
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