Morreu Frank Carlucci, ex-embaixador dos EUA em Portugal, no verão quente de 1975. «Foi
um grande vulto da revolução» saída do 25 de Abril, disse o presidente Marcelo. Um grande
vulto contrarrevolucionário que, com Mário Soares, socialista de gaveta, ajudou a matar as
esperanças do 25 de Abril. Aquele, este, a hierarquia ultraconservadora da igreja católica e
movimentos fascizantes inverteram o rumo da nossa História. Nesse verão, um terrorismo urbano assaltou e destruiu sedes de partidos de esquerda, matou pessoas, rebentou com a Cooperativa Árvore, no Porto e por aí fora. Não houve censura por parte de Soares/Carlucci. Estes podiam não ter sido mandantes, mas foram fonte de inspiração… A democracia participativa de base popular não era modelo para esta gente e a ingerência activa em Portugal do ex-chefe, da CIA, Carlucci, foi mais que evidente e escancarada…
A direita extremada, PSD-CDS tece loas ao falecido, porque nos livrou da «sovietização do nosso país». Foi tão politicamente nefasto rechaçar o imperialismo soviético, como cair no colo do imperialismo norte-americano!
Houve grandiosas manifestações à época, onde centenas de milhar de manifestantes gritaram: ‘CIA e Carlucci fora de Portugal!’
Em Portugal, no Brasil e América Latina, os EUA fizeram um fantástico serviço contra embriões de democracia de base popular. Falta aos governantes uma política de independência nacional!
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