O
ano passado foram abatidos quase 12 mil cães e gatos nos canis
municipais. Um aumento de 25% em relação à média dos últimos
anos. E, apesar da Lei em vigor aprovada por unanimidade na
Assembleia da República, determinar ser proibida essa prática, a
partir de Setembro, os nossos tão afetuosos amigos de 4 patas,
continuarão a ser massacrados. Portanto, não há lei que lhes
valha, perante a negligência e desinteresse do Governo e de muitas
Autarquias. O primeiro, estabeleceu em 2016, um prazo de dois anos,
para que as Câmaras Municipais adaptassem os centros de recolha de
animais ao fim dos abates. Para isso, prometeu uma verba de 2 milhões
de euros. O ano passado, do meio milhão disponibilizado para criar
condições de esterilização nos centros de recolha, apenas 134 mil
foram gastos. E este ano, só no passado mês de Abril, foi lançado
um programa de incentivos de 1 milhão de euros.
31
concelhos, pura e simplesmente, não têm canis. 102 câmaras,
esgotaram a capacidade de acolhimento em 2016. 23% dos municípios
matam cães e gatos saudáveis.
Em
Portugal, neste assunto, a conclusão poderia ser esta: há uma
minoria que os maltrata, outra que os protege, e a grande maioria
que lhe é indiferente. E os poderes públicos,central e local,
refletem exatamente isso.
Do
alto da sua estatura moral, Mahatma Gandhi afirmou: “ A grandeza de
uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são
tratados”.
Nesta
matéria, como se contacta, a grandeza da nossa, deveria
envergonhar-nos a todos.
Francisco
Ramalho
Corroios,
31 de Maio de 2018
Esta semana no jornal " O Seixalense"
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