Conhecido por bairro da Jamaica, é um dos conglomerados de habitação social mais degradados do País. Situa-se no concelho do Seixal. Até 2022, vão ser realojadas 234 famílias que lá residem em torres ‘a’ cair. Uma delas, o lote 10 está em pré-colapso. A Ordem dos Engenheiros já fez um alerta de perigosidade. A presidente da Associação de Moradores, Dirce Noronha, disse: «É difícil adormecer à noite. Já houve ventos fortes e quem vive nos andares de cima sentiu a estrutura a abanar!» O ministro do Ambiente, em 2017, referiu que até 2022 o problema seria resolvido. Estamos em 2018 e a resolução ainda nem começou… São 1500 pessoas a resistir em condições deprimentes: falta de segurança associada à criminalidade; ausência de condições de higiene e de esgotos; inexistência de iluminação pública.
De momento, há 64 pessoas que, particularmente, esperam e desesperam por rápido realojamento que tem sido sucessivamente adiado. O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana diz que anda, mas não avança. A Câmara Municipal do Seixal, fazendo parte da solução, não anda. A Santa Casa da Misericórdia, tão expedita em ajudar a salvar financeiramente um banco e a apoiar festivais de fado, comprometeu-se, mas os moradores nada sentiram…
O que está em causa é gente duma condição social muito baixa que lá sobrevive. Os pobres não interessam para nada, excepto para trabalhar. Sobretudo trabalho braçal…
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.