quinta-feira, 31 de março de 2022

 É AREIA DEMAIS PRÁ MINHA "CAMINETE"


Não entendo. Deu-me um "nó" nos miolos!
Agora, que toda a oposição queria ver Costa pelas costas (ou não?), exige, em uníssono, que cumpra a totalidade do mandato, iniciado ontem. 
Sadismo? Auto-flagelação? Têm a palavra os psicanalístas...

Qualquer cidadão, mesmo sendo um vulgar comentador político, ao ser convidado para integrar um cargo relevante, deve ter a consciência de que toda a sua vida vai ser, mais tarde ou mais cedo, devassada.
Veio agora a público que o recém-empossado Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, declarou há meia dúzia de anos que "não gostava de viver num país sem touradas".
Que se saiba, até agora, não desmentiu.
Isto, é o Ministro da Cultura de Portugal. União Europeia. Século XXI.



José Valdigem


A minha liberdade e a dos outros

 

Uma coisa que nunca me coube na cabeça como normal, são aqueles abusos cometidos por essa aberração chamada “piquete de greve”. Uma qualquer organização sindical decide que a melhor forma de conseguir melhorias para a vida dos seus representados é fazer uma greve; até aqui, desde que cumpra as regras estabelecidas na lei da greve, nada errado, se não viram outra forma de resolver.

 

Só que, chegado o dia da anunciada “jornada de luta”, formam-se à porta das empresas uns grupos agressivos cuja função é impedir, de qualquerr maneira, alguém que não concorda com a greve de aceder ao seu posto de trabalho, não olhando a meios, incluindo agressões verbais e físicas.

 

Há cerca de quinze dias que se verifica em Espanha uma greve de camionistas autónomos, constituídos numa plataforma para esse efeito formada, à margem das organizações de profissionais de transportes, as quais, dizem os tais autónomos, não os representam; o problema, para eles, é que o Governo só pode levar a sério as organizações devidamente reconhecidas, e os camionistas por conta própria fazem finca-pé, continuando a greve.

 

Mas como não têm olhado a meios, estropiando os camiões dos que insistiam em trabalhar, agredindo os motoristas, usando até armas de fogo para intimidar, já há dezenas deles detidos e a greve vai perdendo aderentes porque, pela forma como agiram, perderam também a razão, sobretudo porque o problema que enfrentam, para lá da carestia dos combustíveis, é a própria concorrência entre eles que, como são muitos, os produtores de bens que a eles recorrem para fazer a distribuição, “esmagam” os preços, levando a que, segundo afirmam, trabalhem a perder dinheiro...

 

Amândio G. Martins

 

 

terça-feira, 29 de março de 2022

Inusitado

 

A sem-cerimónia daquela agressão de Will Smith a um colega de profissão, ali na função de apresentador, numa tão “selecta” cerimónia, foi uma cena que, decerto, ninguém esperaria, e até me passou pela cabeça que pudesse ter sido combinada pelos dois, tipo golpe publicitário mas, realmente, para quê?

 

 “Coisa de pretos”, terão dito os que odeiam a raça negra, delirando de gozo, até porque Smith, numa reacção imediata à chalaça de Chris Rock, parecia ter gostado, rindo como toda a plateia, o que não condiz nada não só com o soco como com a forma iracunda como, já sentado no seu lugar, explicou ao “amigo” por que lhe tinha batido.

 

Gosto destes dois actores, de estilos completamente diferentes, Smith no desempenho de situações “sérias”, e Rock em cenas mais “nonsense”, o que justificará ter sido convidado para aquele trabalho, onde os apresentadores costumam dar-se a liberdade de tentar fazer rir aquela seleccionada assistência...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de março de 2022

Embuste pacifista

 

O embuste pacifista que sempre foi o dito Conselho Português para a Paz e Cooperação, uma coisa desde sempre tão desacreditada, que só por engano alguma personalidade de relevo lhe poderia juntar o seu nome, não perde nenhuma oportunidade para estrebuchar, não só a sua irrelevância na sociedade portuguesa, como o sectarismo que esteve na sua origem, quando a negregada União Soviética já caminhava a passos largos para o estertor que lhe pôs fim.

 

É que até a sua sigla faz lembrar aquela do mal-parido “Sol da Terra”. E o que se propõem agora as suas “pacifistas” luminárias? Tão simples como isto: Que o heróico e martirizado povo ucraniano se renda incondicionalmente ao sanguinário agressor russo, que já leva um mês a massacrar diariamente vidas e bens, barbaridade que o mundo livre vem condenando em uníssono e ajudando as vítimas, actos estes que, para os ditos conselheiros da paz, é que serão os responsáveis pela guerra... “Disgusting”!

 

Amândio G. Martins

domingo, 27 de março de 2022

Questionar e criticar a NATO não é ser russófilo

 

 A visão maniqueísta sobre quem questiona ou crítica a NATO é ser adepto de Moscovo/Putin constitui um enorme disparate de políticos falhados ou submissos à agenda do momento(!).

É óbvio que nada justifica uma invasão e ocupação da Ucrânia país independente sob a égide do Direito Internacional e da moral, sendo a solidariedade para com o Povo ucraniano inquestionável para qualquer democrata.

Quando V. Putin vinca no presidente do Brasil, Bolsonaro qualidades(!), extensíveis a Tump e ao
autocrata, presidente da Hungria, Órban, diz-me com quem andas (e lisonjeias), dir-te-ei quem és!
Temos direito e dever de questionar tudo o que envolve esta guerra e até as posições aliadas da Ucrânia e nem por tal somos russófilos. Pensar fora da caixa e pela nossa própria cabeça é uma premissa que esta democracia, ainda, permite.

        Vítor Colaço Santos

Tempos de guerra(s)


Sem que se possa esquecer, por um único minuto, a invasão da Ucrânia e os seus horrores, é bom lembrar que a “guerra” do coronavírus-19 ainda aí paira. As duas desgraças distinguem-se, antes de mais, por uma se dever à vontade ditada por um homem em quem, infelizmente, se depositaram demasiados poderes, e a outra, como muitas pestes que assolaram a espécie, não ter sido directa e voluntariamente desencadeada por qualquer humano. 

Durante dois anos, temos vivido o terror da covid, e, em ambiente de maior acalmia do que no início, vale a pena comparar estratégias de combate à mesma. Não para que se apontem dedos acusatórios a ninguém, mas para tentar absorver alguns ensinamentos. Em 2020, perante a “loucura” dos suecos, resistentes ao histerismo colectivo que invadiu quase todos os países ocidentais, nós “fechámos” o País. Obedientes às normativas das autoridades nomeadas ad hoc, cumprimo-las todas, sem sequer questionar a racionalidade de algumas delas. Como sempre, os portugueses, acossados, responderam em uníssono ao soar das trombetas. 

Hoje, comparando populações de dimensões semelhantes, o número de mortos por covid-19 totalizava, há poucos dias, 21.545 em Portugal e 18.189 na Suécia. Valeram a pena tantos constrangimentos? 


Público - 28.03.2022 (amputado do período sublinhado).

sábado, 26 de março de 2022

Da prepotência

 

TRÁGICAS IDIOTICES

 

 

Sendo as palavras polivalentes

Quem lhes abusar o significado

Apenas deixará no chão pisado

Rasto das ideias improcedentes.

 

Abusando das formas prepotentes

Num comportamento desmesurado

O que deixam atrás por todo lado

São destroços das doentias mentes.

 

Os que vão morrendo antes de morrer

Descanso eterno hão-de merecer

Os que deles se lembram serão poucos;

 

Num mundo cada vez mais sem sentido

Que para poucos será divertido

Ainda acabaremos todos loucos

 

Amândio G. Martins

 

quinta-feira, 24 de março de 2022

O crime compensa...

  

O ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, recandidatou-se ao cargo e perdeu. Eleito vereador e não tendo assumido o mandato foi um sinal de desprezo, defraudando os seus eleitores. Politicamente ficou mal visto. Enquanto presidente, Lisboa foi uma cidade onde o asseio escasseou. (Com o actual edil não melhorou). Ninguém acredita que não sabia, durante a sua vigência como primeiro responsável político da autarquia, que houve vários manifestantes denunciados à embaixada russa de Putin, fazendo lembrar as actuações no Estado Novo... Numa democracia plena, que não esta de compadrio, tinha merecido ser banido da política, ao invés, foi premiado com o cargo de ministro das Finanças. Não se conhece currículo consistente à altura para desempenhar tão fulcral cargo. Esta nomeação é uma piada de mau gosto. Sobrevivemos numa democracia escangalhada!

Vítor Colaço Santos 



A GUERRA NA UCRÂNIA E A DIFÍCIL SAÍDA HONROSA PELAS ATROCIDADES COMETIDAS

 Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia-Goiás-Brasil

24/03/2022


Qualquer governante sensato, conhecedor da arte da guerra, antes de qualquer ação defensiva diante do inimigo mais forte, procura preservar a população e a integralidade física de seu país através do recuo estratégico, fazendo concessões, tentado acordos, assinando tratados,  e ao mesmo tempo trabalhando nas sombras do inimigo até que possa recuperar toda ou parte do que foi concedido, embora este procedimento não seja bem visto pela grande maioria dos compatriotas, geralmente desinformada, que os tem como traidores e covardes.

A história é pródiga em citar, no decorrer da linha do tempo, que estes procedimentos salvaram várias nações do extermínio, entre eles cito o que ficou marcado na minha mente, como um das mais sensatos: a Suécia estava para ser impetuosamente esmagada pelo então invencível exército de Napoleão, eis quando o parlamento decidiu procurar o  imperador francês, com a proposta para que ele designasse um de seu fieis generais para rei da monarquia sueca, sendo então escolhido o general Jean Baptiste Bernadotte, que, na dinastia levou nome de Carlos XIV. Ele era casado com Désirée, primeira namorada de Napoleão. Este general (rei) teve participação decisiva na batalha de Waterloo em 1815, que marcou a trágica derrota do exército napoleônico, que tanto o tinha glorificado no passado, pondo fim na era do domínio francês na Europa.

Por outro lado, os tratados e acordos, sempre ditados pelos vencedores, têm no decorrer do tempo contribuído para aumentar fortes descontentamentos nas relações internacionais, entres vários podemos citar: o clamor pela devolução da cidade de Gibraltar que a Inglaterra anexou da Espanha, e que esta devolva ao Marrocos as cidades de Celta e Melila e restituía Olivença para Portugal; que o México recupere o que lhe foi tomado pelos EUA, que por sua vez devolva à Rússia o Alasca, cuja aquisição não foi bem explicada e compreendida até nos dias atuais. A Polônia ainda sonha em ter de volta ao seu domínio a atual cidade de Kalinigrado, enclave russo na divisa com a nação polonesa, no mar Báltico, cidade que também faz parte dos planos mais remotos da Alemanha, por ter-lhe pertencido num passado mais distante, sendo inclusive terra natal do grande filósofo Kant. Nota-se que a geopolítica não é para amador, tais são as pendências existentes no planeta.

O presidente da Ucrânia, rapaz jovem, idealista e sonhador, tem admitido que a resistência desproporcional, que está liderando, possa ser um ato heroico e patriótico, mas a fria realidade tem-se mostrado em contrário, pela destruição e enormes sacrifícios impostos à população. Foi estimulado pelas nações ocidentais neste desvairado ato de resistência e acabou ficando sozinho nesta empreitada, contando apenas com atos de solidariedade, sem zona de exclusão aérea, promessas de aviões e armas modernas não acontecendo, pois A OTAN (NATO) tem receio de que todo armamento caia na mão dos russos, pela desproporção de forças envolvidas. Urge que o presidente Zelensky faça um acordo mesmo que lhe seja desfavorável no momento, deixe para os próprios russos a tarefa de derrubarem o Putin do poder, contrariados que estão com as severas sanções econômicas impostas ao país.

 Chamaremos esse recuo estratégico como ato de coragem para salvar a nação, poupando, assim, muitas preciosas vidas, até o enfraquecimento do inimigo face às dificuldades econômicas que já se podem antever no radar do “after day”.


 RELIGIÃO E MORAL


Em meu entender - mais do que um vulgar crente - um colaborante assíduo das cerimónias religiosas, de qualquer credo, deveria ser um cidadão exemplar. Nem preciso explicar porquê. Só que, a realidade é bem diferente.
A qualquer momento somos confrontados com exemplos que nos deixam boquiabertos. Estes, são os últimos:

1 - O rabino da Igreja Judaica do Porto, foi detido no aeroporto, quando se preparava para viajar para  Israel, no seguimento de investigações levadas a cabo pela Polícia Judiciária, relativas à atribuição de nacionalidade portuguesa ao "safadita" Abramovitch.

2 - Um acólito de Silgueiros recusou ceder as instalações da Casa Paroquial, recentemente restauradas, para acolher refugiados.

3 - O padre da igreja matriz de Olhão, mandou colocar umas tábuas com pregos, na torre, para impedir as cegonhas de nidificarem ali, como é habitual há centenas de anos.

A minha homenagem à simpática cegonha, pelo excelente Grupo de Cantares de Portel:






José Valdigem
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A PERIGOSA PATRANHA CONTINUA O chefe veio a Bruxelas reunir com os subordinados da União Europeia e da NATO. A marioneta promovida a herói, também vai botar faladura, mendigando mais armas para massacrar o seu povo, ao serviço do império ianque. A patranha que nos é impingida em tudo o que é media, para que se salve a Ucrânia, depois de terem criado os pretextos para acontecer o que está a acontecer, com vista à ameaça e desgaste da Rússia, para além do martírio de tantos ucranianos e russos, também nos vai custar bem caro, assim como aos restantes europeus. Nomeadamente, como sempre, aos já mais pobres. E depois de se ouvir falar com tanta insistência em armas químicas, biológicas e nucleares, roguemos a todos os santinhos, para que a coisa não descambe e que os cavaleiros não nos conduzam ao criminoso Apocalipse. Seja qual for o desfecho, para já, além do povo ucraniano em primeiro lugar e dos restantes da Europa e não só que estão a perder, quem ganha é o imperialismo norte-americano, cujo poderoso complexo militar-industrial, já esfrega as mãos com as colossais encomendas provenientes da corrida aos armamentos. O futuro, já a curto prazo, afigura-se medonho. A luta pela paz, contra a guerra, é imperiosa. Francisco Ramalho

Máquina infernal

 

Esta implacável máquina capitalista que atormenta os povos, a toda a hora faz demonstrações da sua bestialidade: um dia dizem-nos que os juros sobem a três, a cinco e a dez anos; no dia seguinte, que baixam a três, sobem a cinco e a dez; no outro, sobem a três e a cinco e baixam a dez, sem que ao simples mortal seja dada para isto uma explicação entendível.

 

Todos sabemos que existem, nos países produtores, enxurradas de petróleo, as máquinas para o extraír das profundezas não pararam de trabalhar, mas qualquer pretexto serve para que as cotações, em poucos dias, aumentem de forma escandalosamente artificial, passando de sessenta para cento e vinte o barril, atrapalhando as economias dos que não produzem aquela energia.

 

O dito ”Novo Banco”, dizem as notícias, já começou a dar lucro, podendo dispensar, no entendimento de muita gente sabedora -  até do governador do BP, que deve ter esquecido o contrato que assinou -  mais injecções de dinheiros públicos; só que aquele Ramalho, que o patrão americano terá escolhido a dedo para defender os seus interesses, não os de Portugal, cumpre bem a tarefa de que foi incumbido, perante quem lhe paga chorudas alcavalas, para lá do “ordenadozinho” mensal, e já fez saber que são precisos mais uns centos de milhões, e restam poucas dúvidas de que irão sugar até ao último cêntimo a que julguem ter direito porque, senão, lá da América, mexem os cordelinhos nos famigerados “mercados” e a coisa acaba por nos saír muito mais cara...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

quarta-feira, 23 de março de 2022

Joga pedra na Geni…


Putin decidiu uma acção criminosa contra a Ucrânia e está a perpetrá-la metódica e cruelmente. Nunca merecerá perdão e, tenho a certeza, há-de pagar pelos seus actos, bem como os correligionários próximos, arrastando consigo o povo russo para um futuro de imenso castigo, à maneira de Dostoiévski. A alguns, basta-lhes esta verdade, como se ela encerrasse definitivamente o assunto, numa espécie de reedição do “fim da História”, negando o passado, como Fukuyama negou o futuro. Aos que não se resignam a este empobrecido raciocínio, pode acontecer serem acusados de se arvorarem em “vítimas” do “pensamento único”, como fez o Director do PÚBLICO, no seu editorial do passado dia 21, amalgamando num caldeirão esquisito o “PCP e os que se contorcem com as dificuldades em condenar a agressão da Rússia”. Não pertenço a nenhuma dessas classes e, no entanto, sinto no ar o “cheiro” desse “pensamento único”. Entretanto, ao mesmo tempo que nos verberamos mutuamente, os mortos multiplicam-se.


Público - 25.03.2022

terça-feira, 22 de março de 2022

Esperança viveu, acabaram-se as balas...

 

TEMPOS SOMBRIOS

 

Causando insegurança na Terra

Muitos poderosos não se comovem

Nos feios interesses que os movem

Escudam-se na máquina de guerra.

 

O que da juventude se espera

É que na “fluidez” da vida jovem

Consigam perceber no que consomem

O que a formatação lhes sonega.

 

Tudo à sua volta é programado

Para levá-los mansos como gado

Aonde ao calculismo interessa;

 

Aos que demorem a perceber isso

Bem podem depois bater no “toutiço”

Que nada do que perderam regressa!

 

Amândio G. Martins

 

 Aqui  há tempos um alto funcionário da câmara de Lisboa facultou à embaixada da Rússia os dados de cidadãos russos .

Em função disso, alguns órgãos de comunicação social e partidos políticos fizeram uma campanha feroz contra Fernando Medina como ele fosse responsável direto.
Foi até acusado de ser serventuário de Putin, como se Putin precisasse que alguém lhe dissesse quem e aonde estão os seus opositores.
Identificado o responsável, Medina fez o que tinha a fazer: despediu o indivíduo.
O que é certo é que isso pode ter ajudado  Carlos Moedas a ganhar as eleições 
Então depois de eleito, Carlos Moedas reintegrou o alto funcionário que passou as tais informações à embaixada russa.
Não sei o que isto parece, mas como dizia o outro;L em política o que parece É

Quintino Silva

segunda-feira, 21 de março de 2022

A Rússia será um Estado pária!

 

 O presidente russo, V. Putin pretende expandir-se até posições fronteiriças semelhantes às

da ex-URSS. Reescrever a História. Ficará lá
inscrito, entre outras atrocidades, como monstro genocida. A cidade ucraniana de Mariupol, reduzida a cinzas, já é equiparada a - Guernica! Aquele disse que a Ucrânia nunca poderá ser um país soberano e independente, sendo isto uma característica dum ditador. A destruição de  povoações e mortandade subsequente é um crime contra a Humanidade! A guerra também tem Lei mas Putin cilindra-a com bota cardada praticando política de terra queimada... muitos intelectuais erguem a voz contra a guerra, havendo poucos que silenciam de forma cúmplice. Ninguém pode ser neutral. Na Rússia, ser contra a guerra conduz á prisão! Observadores, jornalistas e estudiosos dizem que poderá haver um sobressalto na Rússia, pois estão a chegar muitos caixões... O ocupante Putin, já perdeu no campo da moral, da razão, da ética e da opinião pública mundial oralizada e publicada e mesmo que vença, o Ocidente jamais o poderá ter como parceiro confiável nas relações - Estado a Estado. 
A Rússia caminha para um Estado pária!

Vítor Colaço Santos 

Olhar refugiados como vândalos

 

Quando por todo lado se vê generosidade no acolhimento dos refugiados da guerra assassina, que a ditadura russa inflige a ucranianos, com tantos particulares a disponibilizarem espaço nas suas próprias habitações, um elemento da Comissão Fabriqueira da paróquia viseense de Silgueiros opôs-se a que uma residência paroquial vazia possa ser usada por aqueles desalojados.

 

De facto, segundo se lê no JN, apesar do apelo das dioceses para que as paróquias cedessem espaços vazios para aquele fim, bastou a má vontade de um elemento para que o pedido do bispo ficasse ali sem efeito; alega aquele “zelador” dos interesses da paróquia ter medo que lhe “vandalizem” a casa que, acabadinha de restaurar, será boa de mais para gente tão carente, para a qual, no seu alto entendimento, servirá muito bem qualquer curral!...

 

Amândio G. Martins

domingo, 20 de março de 2022

Poderíamos ser nós...

 

    É a maior crise de refugiados na Europa, desde a II Guerra Mundial, a que se verifica na saída

da Ucrânia, onde já se contabiliza mais de 3 milhões e 500 mil pessoas. Organizações Internacionais afirmam que metade são crianças(!). Não esquecer as centenas de milhar de ucranianos deslocados internos a tentarem encontrar locais de refúgio onde haja alguma segurança. Os países limítrofes do conflito assinalam que a sua capacidade de acolhimento está a esgotar-se... Por razões de solidariedade humanitária urge apoiar estas massas em movimento que fogem duma guerra sangrenta de ocupação. A generosidade inicial - acolhimento - não irá durar sempre, daí as instituições, como as Nações Unidas terem de prepararem ainda mais para apoiar crianças, mulheres e idosos. Os refugiados não podem ser
infantilizados nem menorizados nem menos ainda precarizados, transformados em mão de obra mal remunerada. A verdadeira razão do êxodo destes milhões de seres, que poderíamos ser nós, é fugir a um genocídio às mãos ensanguentadas dum V. Putin, cruel e assassino!
   Ninguém pode ser neutro, a neutralidade é aliada do ocupante russo!

     Vítor Colaço Santos


Para quem acredite em milagres...

 

...Estará a desonrolar-se um interessante caso de estudo, qual seja o de um líder de cabeças rapadas e anjos do inferno, há muitos anos no radar das autoridades e, até agora, com a liberdade condicionada por reiterados atentados de todo o tipo à liberdade e sã convivência interracial na sociedade portuguesa, ter convencido um magistrado de querer ir prestar auxílio humanitário na Ucrânia.

 

Quem saberá se levado pela propaganda putinesca, que a Ucrânia é governada por nazis, aquele famigerado Machado logrou que o deixem saír do país. Que um ser humano normal tenha capacidade para se redimir das coisas feias praticadas, eu sou dos que acreditam nisso, mas que um elemento com as "qualidades" de carácter que este tem revelado possa vir a demonstrar algo semelhante, eis o que não deixará de me surpreender...

 

Amândio G. Martins

sábado, 19 de março de 2022

 O TRABALHO DÁ MUITA CANSEIRA...


...mas vale a pena. Diz a CSD (Comunicação Social Dominante) ???... que o camarada Putin é possuidor de imóveis de luxo, entre eles, o Palácio da Ópera de Munique, avaliado em 300 milhões de euros; mais o edifício do Hotel Sofitel e mais 33 imóveis na avenida Kurfurstendamm, e uma moradia de luxo de 1850 m2 em Berlim. Isto, só na Alemanha...
O nosso DDT, comparado com este figurão, não passa de um pobre pedinte...

"Diógenes caminhava frequentemente, levando por vezes na mão uma lamparina de azeite acesa durante o dia,.Afirmava andar à procura de "uma pessoa honesta" em Atenas, uma iniciativa que , aparentemente, não teve sucesso".
"(Transcrito do livro: A Arte de Caminhar, de Erling Kagge).


José Valdigem


sexta-feira, 18 de março de 2022

Pais equivocados

 

As pessoas medianamente informadas sabem que uma grande parcela das doenças que nos afligem, radicam naquilo que comemos e bebemos, sua qualidade e quantidade; assim, reveste-se da maior importância a educação para uma alimentação saudável, cabendo às escolas um importante papel nesta problemática, desde logo naquilo que servem aos jovens nas suas cantinas.

 

Mas de nada servem os cuidados dos responsáveis da educação, se os pais se divertem a “sabotar” qualquer programa alimentar dirigido à juventude, com a mesma irresponsabilidade com que agridem professores e auxiliares nas escolas; de facto, segundo noticia o JN, com palavras dos directores escolares, “os pais põem nas lancheiras alimentos que são vedados nos estabelecimentos ou dão aos jovens dinheiro para “fast food”...

 

Amândio G. Martins

quinta-feira, 17 de março de 2022

DISCO VOADOR E A GUERRA

 

Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia-Goiás-Brasil

17/03/22


DISCO VOADOR, antiga música sertaneja (raiz) brasileira, carregada de simbolismo, a qual o presidente russo, Putin, deveria ouvi-la e refletir sobre os malefícios que estão sendo impostos ao sofrido povo ucraniano, pondo em risco, como consequência, o nosso já judiado planeta azul, este oásis sideral que singra as infinitas profundezas do Universo, numa sagrada trajetória marcada pelo relógio da eternidade.

Infelizmente, os atuais senhores da guerra, incluindo os fabricantes de armas, são equiparados aos primitivos que viviam em um Estado Natural, caracterizado por guerra perpétua, cujas particularidades foram bem definida pelo grande filosofo inglês Thomas Hobbes, em suas célebres frases: "Bellum omnia contra omnes” (a guerra de todos contra todos) e “homo homini lupus" (O homem é lobo do homem).


Um mal-entendido trágico


Saúda-se, em nome do pragmatismo e a bem da paz, a renúncia de Zelenskii às pretensões ucranianas de aderir à NATO, uma das posições de princípio que Putin sempre lhe opôs. Pelos vistos, o Presidente da Ucrânia interpretou mal, durante anos, os estímulos ocidentais à aproximação da NATO, que lhe foi acenando com portas supostamente escancaradas, e acabou a reconhecer agora o erro de avaliação. 

Em cima dessa convicção errada, Zelenskii, na sua boa-fé, colocou a crença de que qualquer país soberano tem todo o direito de se associar às organizações que muito bem entender. Acontece, no entanto, que existe uma “coisa” chamada realpolitik, incontornável para o bem e para o mal, que condiciona a vida dos países. 

Basta pensar, por absurdo, que Portugal, em 1975, num “desvario gonçalvista”, poderia ter pretendido aderir ao Pacto de Varsóvia. Ser-lhe-ia permitida tal “extravagância”, mesmo que no exercício do seu absoluto direito de país independente?

A coragem e o orgulho ucranianos, perfeitamente legítimos, podem ter sido louváveis, mas, na realidade pura e crua, não deram em nada, e, até ver, ficaram demasiadamente caros em vidas e sacrifícios. Ser-se pragmático não é ser-se cobarde.

quarta-feira, 16 de março de 2022

PELA PAZ, CONTRA A GUERRA

A incompetência, incapacidade e opções de governantes e governos está na origem de muitos sofrimentos e sacrifícios causados aos povos, não procurando soluções para problemas complexos e difíceis. É necessário recusar a guerra, não iniciá-la ou alimentá-la sob qualquer pretexto ou forma, por maiores que sejam as divergências. Defender e manter a paz é uma prioridade insubstituível.

Fome de palco

 

FRANCO-ATIRADORES

 

Daquela gente a pretender que sabe

Àquela outra que nem sabe o que diz

Se fosse traçada uma bissetriz

Como distorcem a realidade...

 

Se menosprezam tanto a verdade

Sempre metem no que não sabem nariz

Se treinassem mais a escrever com giz

Talvez modificassem a vontade.

 

Sempre misturam alhos com bugalhos

Guardados no baú dos retalhos

Nada relevante dali pode vir;

 

Repetem sem parar a mesma treta

Impingindo-a como coisa certa

A gente só pode escangalhar-se a rir...

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 15 de março de 2022

O PREÇO DA SUBSERVIÊNCIA Já quase safos da pandemia, só nos faltava a seca, e agora, muito pior ainda, esta maldita guerra. A guerra, é a obra mais estúpida da espécie humana. Mas, para os crentes; “fomos feitos à imagem e semelhança de Deus”. Sendo inconcebível um deus mau, aliás, Deus “é amor e perfeição”! Então, se somos à Sua imagem e semelhança, tantos de nós, por exemplo os que decidem as guerras, são tão mauzinhos! Bem, é que, ainda para os crentes, a resposta é que Ele nos deu o livre arbítrio. Estragou tudo! Digo eu. Depois deste naco de filosofia barata, vamos à realidade. A realidade é que, da seca, até podemos livrar-nos. Já caiu umas pingas e está prevista mais chuva. Sobre o fim da guerra, é que não se enxerga mesmo nada. Roguemos a Deus (tenha Ele o significado que tiver para cada um) e a todos os santinhos, é que a coisa não descambe, e não aconteça mesmo o pior. E o pior, como estarão a imaginar, seria como fizeram os alegados universais defensores da democracia e dos direitos humanos, em Hiroshima e Nagasaki. Esperemos que não! Até porque, agora, o primeiro a carregar no botão, teria resposta. Não devia haver justificação para qualquer guerra. Embora algumas não a tenham mesmo, os agressores inventam-na. Como no Iraque, com a estória das armas de destruição massiva. Na Jugoslávia, foi o seu desmembramento, porque não lhes interessava um país insubmisso e de tão grande dimensão. Na líbia e na Síria, foi a tentativa de imposição de governos submissos e a riqueza dos seus subsolos. Ainda em relação às bombas nucleares que riscaram do mapa aquelas duas cidades com sequelas até praticamente aos nossos dias, dizer também que a justificação (pôr termo à Segunda Guerra Mundial), foi uma monumental mentira. A Alemanha nazi já se tinha rendido, e o Japão também não tinha condições para continuar a guerra. Sabia-se, ia fazer o mesmo. A verdade, foi para anunciar ao mundo e avisar a então União Soviética. Agora, estes senhores, acusam, e bem, a Rússia de violar o Direito Internacional ao invadir a Ucrânia. Mas, em todas as guerras acima referidas, também na Palestina que apoiam, e no Iémen que toleram à sua aliada e principal cliente de armas, a Arábia Saudita, que importância ligaram ao Direito Internacional, à Carta das Nações Unidas e à Acta Final dos Acordos de Helsínquia? Mais, importaram-se, criticaram, o golpe de Estado de 2014 na Ucrânia apoiado por grupos nazi-fascistas? As eleições “democráticas” com a exclusão do Partido Comunista da Ucrânia? Com os 14 mil mortos nas regiões russófonas de Lugansk e Donetsk? Com a sistemática violação dos acordos de Minsk?Com o protesto por parte da Rússia de bases militares com mísseis e com o avanço da NATO para junto das suas fronteiras? As guerras devem ser sempre evitadas. Mas, quem deu pretextos para esta? Que fez também a UE para evitá-la? A sua subserviência perante o imperialismo norte-americano, vai custar bem caro também aos restantes europeus e não só. Para os ucranianos, é o inferno. Francisco Ramalho Publicado hoje no jornal "O Setubalense"

domingo, 13 de março de 2022

Uma coisa "safadita" ?

 

Não entendi bem aquela preocupação do líder da comunidade judaica do Porto, perante as dúvidas que lhe foram sendo apresentadas, no caso da nacionalidade portuguesa concedida ao oligarca russo Abramovich – para a qual terá fornecido a indispensável documentação -  que este apelido quer dizer “filho de Abraão”, porque ninguém pôs em causa que o senhor seja judeu, embora filho de Abraão também eu, como cristão, me possa reivindicar, como qualquer muçulmano também, já que ele é o patriarca comum venerado nos escritos das três religiões monoteístas.

 

A questão é se terá ou não havido “marosca” para o justificar perante as autoridades portuguesas como descendente de judeus sefarditas, aquela “linhagem” de judeus que, por ter sido injustamente expulsa pela Inquisição, os Estados reconhecem agora que foram injustiçados, podendo eles, se o quiserem, recuperar esse direito, com os cuidados necessários para que não sejam abertas portas a mais malandragem...

 

Amândio G. Martins

OPERAÇÃO UCRÂNIA Ao omitirem todo o passado recente da Ucrânia, a guerra na região do Dombass com os seus 14 mil mortos, o golpe de estado apoiado por organizações nazi-fascistas, as eleições “democráticas” com exclusão do PC da Ucrânia, que levaram ao poder o agora transformado em herói, Zelensky, crimes como o dos sindicalistas queimados vivos pelos nazi-fascistas, os acordos de Minsk não cumpridos, as bases militares com misseis e o cerco da Rússia pela NATO, Putin, é o cão que EUA/NATO/UE,responsáveis por tantas outras guerras que não tiveram uma milionésima exposição mediática desta, atiraram para cima da Ucrânia. Depois, agora, com a sua poderosíssima máquina mediática, recorrendo à mais completa manipulação e propaganda, explorando ao máximo os humanos sentimentos das pessoas, atiram-nas apenas contra o “cão”. Além do inferno para o povo ucraniano, o nosso, como todos os outros da Europa e não só, vão pagar um preço elevadíssimo. Ontem à tarde, o Largo de Camões em Lisboa, encheu-se de gente a gritar, a exigir, “Paz sim! Guerra não!” Souberam? Poucos, com certeza. É que a convocação foi feita pelo Conselho português para a Paz e Cooperação (CPPC), vergonhosa e miseravelmente, arredado dos media dominantes da Operação Ucrânia. Francisco Ramalho

Pode ser-se anti-Putin sem glorificar a NATO?


Respondo à pergunta do título: pode. Considero Putin um criminoso perigosíssimo, mas não quero sentir-me coagido a fechar os olhos aos tremendos erros e faltas de cumprimento por parte da NATO e de grande parte dos seus países-membros, com os EUA à cabeça, sobretudo depois da queda da URSS. Não tenho espaço para os enumerar, mas todos os de boa-fé os conhecem.

É curioso que, em Portugal, a discussão da “questão ucraniana” esteja sub-repticiamente a deslizar para a acusação polarizadora do “quem é por quem”, como se, assim, se atenuasse a catástrofe humanitária já iniciada e com tendência para crescimento exponencial. A brutalidade da agressão russa à Ucrânia suscita alguma discussão? Não a mim. Mas existe o risco dos que sentem algumas dúvidas quanto ao comportamento da NATO serem acusados de “aliados do inimigo”, como fatal resultado de um imaginário plebiscito moldado em “pensamento único”.

Ficando-me por João Miguel Tavares e António Barreto, já vamos nos “russófilos”, “iliberais”, “espíritos perturbados”, “gente menor”, “charlatães do pensamento”. Ainda não chegámos às “bruxas”, mas talvez convenha começar a caçá-las…


Público - 14.03.2022 (truncado das partes sublinhadas).

sábado, 12 de março de 2022

Não é «operação especial» é guerra de ocupação

 

 Os impiedosos ataques à Ucrânia, sob a cínica

e criminosa designação de V. Putin como «operação especial», são crimes de guerra:
destruição pelas bombas de escolas, orfanatos, hospitais, onde se incluem maternidades e de saúde mental(!). Os obuses esventram edifícios com pessoas lá dentro, matando-as! O russo Putin quer a Ucrânia arrasada pela agressão armada, reduzindo-a a destroços. Não conseguirá ocupar as convicções de quem defenderá até à morte a sua Pátria. Teme-se que haja capitulação da Ucrânia, com a consequente instalação dum governo fantoche promovido pelo sociopata, Putin. Caso suceda, jamais os invasores russos irão ter um minuto de descanso - a guerrilha não lhes dará tréguas... A política devastadora de terra queimada russa não passará! A monstruosa desumanidade, a crueldade e o assassinato perpetrado contra o Povo ucraniano não pode eternizar-se, tem de ser revertido. Nesta guerra ninguém ganha e Putin já a perdeu moralmente e pela opinião pública que o rechaça em toda a linha, pela sua prática genocida. A via negocial para pôr fim ao conflito, através da diplomacia, urge!

                             Vítor Colaço Santos
 

sexta-feira, 11 de março de 2022

Podem "limpar as mãos à parede"

 

O “Partido Popular” em Espanha acaba de engolir um sapo bem indigesto, ao ver-se obrigado, pela primeira vez, a dar a "Vox" honras de Governo, na comunidade da Castilla y León, porque a alternativa seria novas eleições, já que os socialistas não se quiseram meter naquilo; de facto, aquele desejo de governar sem depender de outros, que os fez terminar a coligação com “Ciudadanos”, se reduziu a um único eleito este partido, fez crescer os extremistas de Direita ao ponto de exigirem o que agora conseguiram: A presidência do Parlamento autonómico, uma vice-presidência no Governo e mais trê pastas na governação.

 

Alberto Feijóo, que se prepara para tomar conta do PP, “desculpa-se” com o facto de o PSOE não ter querido colaborar  numa solução diferente, e novas eleições pareceram-lhe um despropósito perante o eleitorado, mas os remoques chovem de todo o lado, até do PPE, com Donald Tusk a classificar aquilo de “acontecimento triste”, terem aberto as portas de um Governo àquela gente extremista, que ainda agora, no Congresso nacional, votou contra a investigação à pedofilia na igreja católica.

 

Desde o famigerado Franco, passando por Manuel Fraga e Rajoy, a Galiza fornece agora mais um líder nacional para governar Espanha, e dizem alguns comentadores que se enganam aqueles que dizem de Feijóo que é um moderado; para começar, quando  aceitou vir a liderar o partido, soou  bem a demarcação que fez de Casado e sua equipa, na terminologia usada contra os socialistas: “No vengo para insultar Sánchez, sino para derrotarlo”...

 

Amândio G. Martins

quinta-feira, 10 de março de 2022

GOSTEI DE VER:


1 - O Presidente Marcelo, chamando a atenção para mais um pedido de milhões do Novo Banco ao Fundo de Resolução.-
Basta, terá dito. Parece as obras de Santa Engrácia. 
Raios-partam, digo eu, Basta de chulice.

2 - O líder da extrema-direita de Itália, Matteo Salvini, ser devidamente desmascarado por um político polaco, junto à fronteira da Polónia com a Ucrânia, quando este, exibiu uma t`shirt do nazi, com a imagem do seu mentor: Vladimir Putin.



José Valdigem

 

Putinices

1

Porque morreram dois generais russos?
Mal formado, ou mal informado, Putin convenceu os generais que o povo da Ucrânia os ia aplaudir, e eles avançaram de peito feito com ufania.
Foram na conversa de Putin que lhes disse que o governo da Ucrânia ia fugir..
Afinal o governo não fugiu, e o povo resistiu, e em vez de palmas deu-lhes balas.
Não se sabe quando esta guerra vai acabar, mas uma coisa eu acredito; não vai morrer mais nenhum general russo daqui até lá.
2
Putin apostou na desunião da UE.
A UE não se desuniu.
Com uma desfaçatez sem tamanho queria que os refugiados fossem para território russo onde certamente os iria mimar para comunicação social ver.
4
Ao bombardear alvos civis indiscriminadamente contrário à convenção de Genebra (coisa que o MNE russo nega) temos de fazer a seguinte pergunta?.
O exército è incompetente ou indisciplinado?
Se assim é acusem-se os comandantes. Se é competente e disciplinado acuse-se  Putin.
Quintino Silva

quarta-feira, 9 de março de 2022

Homenagem à Mulher

 

INTEMPORAL

 

Tu eras o “repouso do guerreiro”

Eufemismo para a escravatura

Pretendiam disfarçar tanta agrura

Com lengalenga de tom chocarreiro.

 

Da melhor comida tinhas o cheiro

Para que à prepotente figura

Não faltasse nada na “manjedoura”

A comer tinha que ser o primeiro.

 

Mandava-te cozinhar a galinha

Talvez sobrassem para ti uns restos

Nem a fome dos filhos o detinha;

 

Se noutro tempo foi coisa mesquinha

É enorme haver hoje tais burgessos

Numa parte do povo que definha!...

 

Amândio G. Martins

 

 

Cuidado, cheira a gás


Que pensará um ucraniano ao conhecer as declarações de Olaf Scholz, chanceler alemão, de que não se pode parar de repente com as importações de gás e petróleo da Rússia? Entretanto, Biden já “decretou” a proibição absoluta de importação de petróleo russo. Confundidos pelas circunstâncias também ficarão todos quantos sabem da existência de embargos diversos impostos pelos EUA à Venezuela, quando, agora que as sirenes tocam em Kiev, os “castigadores” se apressam a enviar a Caracas uma delegação para “oferecer” o alívio de algumas dessas gravosas medidas, de forma a tornar possível a retoma das compras de petróleo. 

Enfim, coisas que o capital exige, mas sem conseguir explicar. Tudo isto misturado com a solidariedade imparável dos cidadãos europeus para com os ucranianos não cheira bem. Cheira a gás.


Expresso - 11.03.2022, truncado da parte sublinhada, não sei bem porquê. Sei que quando os textos "cheiram" a "certas" coisas, mesmo não sendo gases, os jornais livres retraem-se. Mas, atenção, estão no seu direito...

terça-feira, 8 de março de 2022

hoje é DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O Dia Internacional da Mulher de 2022 ficará marcado pelo repúdio duma desumana e perigosa guerra em curso e pelo desejo e reclamação da urgente e necessária Paz. A guerra não é solução para nenhum problema. É significativo o número de mulheres, entre os deslocados e refugiados da Ucrânia, a atingir os dois milhões de pessoas, que se acrescentam aos cerca de dez milhões que já tinham saído desde o desaparecimento da URSS. Em Portugal, o impacto da pandemia foi maior nas mulheres e agravou desigualdades. Continua-se a falar muito, mas a fazer muito pouco para acabar com discriminações e desigualdades. As mulheres trabalham mais e ganham menos, predominando o salário mínimo. A desigualdade laboral das mulheres inicia-se com mais precariedade, prosseguindo na desigualdade de tratamento, nas oportunidades e no acesso e evolução profissional. A discriminação é agravada pelo bloqueio patronal na contração colectiva, aproveitando a caducidade que o PS quer manter na lei. A discriminação é igual a empobrecimento, com reflexo posteriormente nas pensões de reforma que acabam por ser mais baixas. As dificuldades económicas podem originar o começo de conflitos familiares, que por vezes descambam na violência e na mercantilização do corpo. A exigência de trabalho com direitos e salários dignos é condição para acabar com desigualdades e para a emancipação, e faz parte da luta por igualdade no trabalho e na vida.

segunda-feira, 7 de março de 2022

Louvo a parte do mundo que me calhou

 

A unidade dos povos do mundo livre em socorro da Ucrânia deve ser motivo de orgulho de todos os que prezam a liberdade; é que “mundo livre” não é eufemismo,  apesar dos muitos defeitos de que ainda padecem as suas sociedades. De facto, perante sociedades com regimes como o chinês, russo e seus satélites, temos bons motivos para nos orgulharmos da parte do mundo a que pertencemos.

 

O psicopata russo, que começou por informar o mundo que tinha ordenado uma “missão militar especial”  à Ucrânia, cujos objectivos eram anular a capacidade militar deste país, sendo poupadas as populações civis, vendo que não estava a ser recebido de braços abertos pelos ucranianos, como tinha calculado, decidiu arrasar tudo, tendo agora o desplante de avisar os patriotas ucranianos que, se continuarem a resistir, ameaçam o seu futuro como nação, e carregarão isso na consciência!

 

Os ucranianos sabem bem qual o futuro desenhado pela camarilha russa para a Ucrânia:  eliminar o seu governo democraticamente eleito e colocar no seu lugar uns fantoches putinescos daquela ditadura.  Felipe Gonzalez, velho socialista espanhol, entrevistado ontem pelo jornalista catalão Jordi Évole, dizia que só um levantamento do povo russo poderia travar Putin, mas como isso não será possível, porque os séculos de submissão em que aquela gente viveu lhes moldaram o carácter, as forças russas só sairão da  Ucrânia por cima de um rasto de terra queimada...

 

Amândio G. Martins

domingo, 6 de março de 2022

E a Lógica, senhores?


Diz-se que a verdade é a primeira vítima da guerra, mas, a par com ela, vai em derrocada o pensamento racional. Face aos acontecimentos terríveis na Ucrânia, de que temos relato ao minuto, as peças não encaixam dentro das regras lógicas que julgávamos eternas e definitivas. Nada bate certo no alinhamento e arrumação que, para compreender o mundo, fazíamos habitualmente.    

É verdade que, desde o desmoronamento da URSS, já muita coisa não batia certo. Partidos ditos de esquerda, alguns deles comunistas, manifestavam apoio a um dos países mais corruptos, mais ferozmente capitalista. Percebe-se que esse apoio não passava de enfileiramento com os “inimigos dos nossos inimigos”, um princípio altamente questionável, mas que ameaça exponenciar-se em sentido contrário. 

Assistimos, no passado recente, a sucessivas investidas sobre populações indefesas, tanto ou mais que a ucraniana, com sofrimentos televisionados tão chocantes como os que estamos a ver. Diferença fundamental: esta, agora, é ao pé da porta, vê-se da janela, é na Europa.

Acabaram os encadeamentos lógicos. Excepto um, o da condenação quase unânime do mundo à invasão da Ucrânia, sangrenta e inqualificável à luz do humanitarismo, que parece ter agora acordado, tendo estado adormecido durante intervenções igualmente usurpadoras da integridade territorial e populacional de outros países.

Os conceitos estão baralhados. Dissemina-se a ideia de que o pacifismo, neste momento da História, é o belicismo, desde que contra Putin. Que há de mais irracional do que incentivar as populações a armarem-se, suicidariamente, com "cocktails Molotov”, ou exortar os países poderosos a alimentarem a capacidade bélica ucraniana, em nome da Paz? Onde cabe, aqui, o ideal de pacifismo de Gandhi? 

Embora o compreenda, incomoda-me o unanimismo acrítico que se gerou em torno da “questão ucraniana”. Ninguém deixa de condenar a barbaridade da invasão, mas não entendo esta comunhão intelectual na ideia de que tudo o que há a discutir é Putin ter invadido um país soberano e estar a matar ucranianos, e de que quem não pensa de forma tão simplista tem de ser metido na gaveta dos indesejáveis, sem direito a opinião. Nesta matéria, eu aceito tudo, menos sentir-me “castrado” no pensamento.   

sábado, 5 de março de 2022

Complexo de inferioridade

 

A História mostra-nos figuras de aspecto insignificante que, como o actual  ”Czar” russo, foram capazes das maiores atrocidades, cuja raíz é o seu evidente complexo de inferioridade; do nada viram-se detentores de um poder avassalador, mas sem a menor preparação para saber como usar esse poder, e enfrentar as consequências do seu uso indevido.

 

O povo russo está impedido de saber o que realmente está a ser feito na Ucrânia, porque os seus meios de comunicação estão proibidos de o relatar, e aqueles mais lúcidos que, pelas mais diversas vias, conhecem a verdade, se a transmitem a outros não são acreditados, porque a “verdade” oficial é aquela a que os que apoiam Putin dão credibilidade.

 

Ouvi ontem numa televisão espanhola um ucraniano dizer que falou com uma irmã que vive na Rússia, a quem contou o que as tropas deste país estavam a fazer à sua pátria, e a irmã não só não acreditou como ficou zangada com ele, por fazer afirmações falsas, que o presidente russo também tinha falado nisso, que os russos nunca seriam capazes da tanta maldade, que é tudo mentira do Ocidente...

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 4 de março de 2022

COMÉRCIO LOCAL EM VEZ DE COMÉRCIO TRADICIONAL NO PORTO

Com a febre do desenvolvimento e lucro turístico, nas ruas da chamada baixa da cidade do Porto, assistiu-se à substituição de muito do comércio tradicional, pelo que se passou a denominar como comércio local. Embora de forma menos avassaladora, tal também é visível em Vila Nova de Gaia e Matosinhos. Comércio local que no essencial (loja sim… estabelecimento sim…) são cafés, pastelarias, bares, restaurantes, hotéis, alojamento local, lojas de lembranças e recordações (algumas com artesanato nacional, mas a maioria com artigos oriundos da China). O negócio imobiliário e senhorios também aproveitaram a onda, afastando, com mais ou menos pressão, moradores do centro histórico e subindo rendas. A pandemia arrefeceu um pouco o entusiasmo lucrativo do turismo, ao mesmo tempo que também acrescentou mais dificuldades ao comércio, contribuindo para o encerramento de lojas, bem visível em ruas centrais.

Pequenote e malvado

 

 INFÂMIA

 

O que se abateu sobre a Ucrânia

Povo por todo o lado respeitado

Causou indignação contra o agravo

Por se tratar de revoltante infâmia.

 

O agressor mente frente à câmara

Que o outro é nazi e drogado

Quando é ele o alucinado

Fingindo ter intenção “magnânima”.

 

Ao poder que mostra para destruír

Vai opor-se a força de reconstruír

A vida dum povo injustiçado;

 

E não vai poder esperar compaixão

Todo o mundo lhe conhece a perversão

Como mente do cadeirão dourado!...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

quarta-feira, 2 de março de 2022

Excesso de zelo

 

A infâmia que se abateu sobre o povo ucraniano tem gerado legítima revolta por todo lado, onde os apoios a esse povo sofredor revelam que o ser humano ainda conserva  a sua humanidade, que não se esconde perante o sofrimento do seu semelhante; mas é triste que também haja quem não consiga separar as coisas, e que gente boa, só porque tem nacionalidade russa, seja discriminada e ofendida por actos de que não é responsável e também condena.

 

De facto, segundo li no JN, tem havido actos condenáveis contra pessoas de nacionalidade russa que cá  vivem e trabalham, por parte daqueles que não conseguem discernir de onde vem a maldade, que as ofensas aos russos que connosco convivem, além de revelarem desiquilíbrio de quem as pratica,  em nada ajudam ucranianos...

 

Amândio G. Martins

terça-feira, 1 de março de 2022

Tirem a bota cardada da Ucrânia

  

  Aquando do desmantelamento do Pacto militar de Varsóvia, a Leste da Europa, o mesmo se tinha exigido à Nato, numa perspectiva de desanuviamento, que não foi cumprido(!). O Povo, neste caso - os soldados é que vão para a guerra servir como carne para canhão! A ocupação do imperialismo russo na Ucrânia, país soberano, é barbara e criminosa. A Guerra Fria está de volta, o enfrentamento, que deixa um rasto de crimes de guerra! De morte.

O Tribunal Penal Internacional já espoletou a responsabilização...
O presidente da Rússia, V. Putin ao acenar com armas nucleares quer a destruição e matar-nos a todos?! 
Não conseguimos perceber, como é que o PCP, sempre alinhado com as amplas liberdades, não condena a inqualificável ocupação da Ucrânia.
Dói, até um coração de ferro, ver crianças a chorar dizendo: 'Não quero morrer!'.
Os anunciados bombardeamentos russos contra orfanatos e escolas de crianças ficam além da desumanidade criminosa.
Nesta Guerra, olho por olho e dente por dente, ficam todos desdentados e cegos!
O Mundo, em pleno século XXI, apela aos políticos russos e ucranianos: Conversem, negoceiem e dialoguem com a máxima boa-fé, para acabar o conflito.
Tirem a bota cardada da Ucrânia.
Haja Paz!

Vítor Colaço Santos