Pelo resultado dos CENSOS 2021, ficamos a conhecer, o que já sabíamos, uma vez que basta andar nas ruas, principalmente das cidades para constatar que:“Dois em cada três portugueses (66%) vão de carro para o trabalho ou para o local de estudo. São mais do que há 10 anos (62%), o que reflete uma dependência crescente do automóvel, contrária ao que é necessário para reduzir emissões de carbono e cumprir as metas com que o país está comprometido. “
O que também se nota próximo de locais onde se efectuam exames de condução, onde, se veem cada vez mais viaturas para o efeito, sempre a circular, e de mais e mais empresas, implicitamente , mais pessoas a “tirar” carta de condução”, que não deverá ser só para ter “mais uma capacitação curricular”?
Algo que se nota muito no Porto- mas faz-se de conta que não- basta circular a pé, nas chamadas “horas de ponta” , e ir observando quantos pessoas ocupam a maioria dos automóveis, que fazem o trânsito ficar “parado” e a queimar-se combustível e a poluir, a gerar acidentes, insultos e até pancadaria, uma pessoa por viatrura: “Cerca de 2,6 milhões de portugueses conduzem um carro diariamente, enquanto 985 mil o usam como passageiro. “
E ainda: “E, apesar dos esforços, o uso de transportes coletivos (autocarro, metro, comboio, barco e carrinhas escolares ou das empresas) caiu de 20% para 16%.
E andar a pé , mesmo que seja para percursos curtos, está fora de questão : Também se anda ainda menos a pé agora.
E o Porto de facto é o exemplo, exemplar do “uso e abuso do automóvel”: No Grande Porto, o retrato é mais preocupante — 68% andam de carro e só 14% a pé.
Ou seja o aumento do preço dos combustíveis, não afecta em nada , a não ser para dar notícias e entrevistar em directo e a cores, uns e umas que protestam, mas nada alteram em comportamentos e atitudes pessoais, na excessiva utilização da viatura privada.
Nem se coloca, sequer, a hipóteses de haver uma divisão semanal de um só automóvel , havendo residência próxima e circulação no mesmo sentido para estudos ou trabalho, de forma a que em vez de circularem cinco automóveis com uma pessoa cada um , circule alternadamente um só automóvel ,com cinco pessoas.
Nem pensar, fora de questão. Cada um tem e vai muito cómodo, sozinho no seu próprio automóvel, mesmo que gaste muito mais , demore muito mais tempo, entupa o trânsito , polua mais .
Quanto aos transportes públicos, sendo um facto e o Porto disso é exemplo que há poucos e em poucas direcções- já houve menos - mas com muita demora estão a aumentar, nomeadamente, as linhas do metro, também não há empenho em se usar menos, viaturas próprias.
E não chega , bem pelo contrário, alargar passeios e diminuir espaço de ruas , o que mais complica o trânsito.
Teria que haver mudanças colectivas e individuais, que não vão acontecer, nada vai mudar.
OU NÃO!
A Küttner
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