sábado, 17 de dezembro de 2022

Gorjetas

 

Naquele tempo em que diariamente almoçava em restaurantes, quando o serviço fosse prestado por empregados, não me custava nada deixar uns trocados, e quando me parecesse insignificante o próprio troco, acrescentava mais alguma coisa, mais ou menos de cordo com a simpatia como era acolhido, sem nunca me sentir obrigado a fazê-lo, muito menos meter dinheiro naquelas caixinhas que nalguns estabelecimentos aparecem na época de Natal.

 

E parece-me inqualificável que os empregados dependam daquilo, ou tenham que entregar as gorjetas ao patrão, no caso de terem vencimento legal, como soube que acontecia nalguns casos, que tinha dificuldade em compreender, a menos que o objectivo fosse distribuír a soma por todos no fim do dia.

 

Mas o que vi ontem numa televisão espanhola só não me surpreendeu muito por vir da dirigente do Partido Popular, Isabel Diaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid, que lançou uma campanha de Natal dirigida à população que tivesse intenção de comemorar as festas em estabelecimentos hoteleiros, pedindo que deixassem “propina” para os empregados, para que eles pudessem comprar alguma coisa extra que o seu parco orçamento não permitisse...

 

Amândio G. Martins

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.