terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A vida, a morte e o futuro

Releio o Público arquivado de alguns dias. No dia 31 de janeiro, o Público sublinha que «os jovens estão a desistir da política e a política parece prescindir deles».  Uma semana depois das eleições presidenciais, concluiu-se que os jovens votam menos do que o resto da população (as diferentes campanhas não apostaram ou investiram nos jovens, partindo já do princípio que os «jovens não votam»). Na mesma edição, Frei Bento Domingues, referindo-se ao desaparecimento do arquitecto Nuno Teotónio Pereira, escrevia «A verdadeira vida e a morte dependem dos afetos». 
No dia 4 de Fevereiro, Fernando d'Oliveira Neves volta a escrever sobre o aborto. O dia 4 de Fevereiro é também o Dia Mundial do Cancro , um problema que afeta toda a população, quer sejamos doentes ou seus familiares e amigos. Prevê-se, que em 2050 uma em cada duas e três em cada cinco terão dois ou mais cancros...
A Guerra na Síria é o assunto que persiste em quase todas - senão todas - as edições dos jornais (Alepo é um inferno,  já nem mesmo os jornalistas estão no terreno, 2,5 milhões de sírios estão na Turquia, etc., etc..).
No dia 6 de Fevereiro, conhecemos a petição pública do Movimento Cívico para a Despenalização da Morte Assistida, que defendem que «O direito à vida faz parte do património ético da Humanidade e, como tal,está consagrado nas leis da República Portuguesa. O direito a morrer em paz e de acordo com os critérios de dignidade que cada um construiu ao longo da sua vida também tem de o ser.»
Eu sei perfeitamente que não digo nada de novo (o que se pode dizer de novo?), mas talvez possa partilhar e mostrar com outros leitores e aos outros leitores que tudo isto me indigna muito, ao mesmo tempo que me sei impotente e incapaz de encontrar  solução para tantos problemas que marcam a sociedade contemporânea de que somos atores (?). 
É preciso dizer aos jovens portugueses que não podem deixar de votar. É sobre a morte, a vida e o futuro que somos chamados a responder e a manifestar-nos diariamente, com afeto (s) e não com indiferença! Doutra forma, como escreveu Bento Domingues, seremos apenas estatística...

1 comentário:

  1. É verdade, o mundo está uma desgraça. A Céu apontou alguns exemplos. Um deles, a indiferença dos jovens, ( e não só, acrescento eu) é um dos que pode potenciar ainda uma desgraça muito maior. Não foram apenas as campanhas que não os incentivaram! Há até tantos pais que não o fazem. Não talvez estes que aqui, e não só, escrevem. Independentemente da sua opção, são pessoas socialmente empenhadas. É imperioso que incitemos uns e outros a serem interventivos. A indiferença é um dos grandes males do mundo.Mas há quem a fomente...

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