Numa linguagem muito característica a que só alguns têm acesso e dominam, e que outros
conseguem descodificar, o actual técnico do Sporting Club Portugal-SCP, que ainda reflecte
alguns sinais saudosistas pela equipa da Luz, disse em tempos enganosos de que Rui Vitória,
responsável até ontem pela equipa do S.L.Benfica, e a partir de agora treinador de futebol
reconhecido por Jorge Jesus, creio, disse, de que não precisava de olhar para cima. Em baixo é
que estavam os seus adversários e eram estes que teriam que erguer o olhar para ver quem
iluminava o campeonato. Lentamente, como lume brando que se extingue depois de fogueira
brava soprada por ele e acesa com assanho pelo seu chefe, Jesus já precisa de afinar o olhar
para ver quem a ele se colou a seu lado, e para baixo já só vê um, que é o FCPorto, que ocupa o
lugar que o espera por troca não tarda muito. Mas disse mais, e de forma pouco cavalheiresca e
até ofensiva. Disse que Rui Vitória não era um expert em matéria de futebol e que não tinha
unhas para conduzir um clube como aquele que lhe meteram em sorte, antes em azar. Acontece
que os dias correm ou rolam não tão devagar quanto se supunha, e Jesus distraído, não viu um
Ferrari a chegar-se a ele em modo também brando e sem precisar de fazer lume ou chispa.
Apenas com a aceleração necessária para manter o ritmo da aproximação à pole position. Quando
Jorge Jesus abriu mais os olhos e afastou a cabeleira, viu um topo de gama vermelho, com
cavalinhos fogosos a seu lado e conduzido pelo tal Vitória, que percorrera o circuito do
aquecimento antes de se tornar um treinador a sério, e que segundo o parecer do técnico dos
Leões ainda lhe faltaria muito até atingir tal estatuto. O discurso do Leão Jorge, parece ter
diminuído de rugido, e ajustou a aceleração da ofensa à realidade actual. Ele sabe que o
LaFerrari a qualquer momento o deixa para trás de maneira a fazer com que ele só pare no 3º
lugar que lhe está destinado historicamente, mas que por ora está ocupado pelos azuis e
brancos. Mas só por agora!
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