O
Orçamento de Estado está a ser discutido. Mas não no Parlamento de
Portugal. Está a ser discutido em Bruxelas,onde a Sra Merkel,a
Alemanha, tem voz decisiva. Está a ser discutido em Bruxelas porque
somos membros da União Europeia (UE). Além da UE, os famigerados
Mercados e as não menos famosas Agências de Notação Financeira,
ou de Rating, também participam. É verdade que indiretamente, mas
não com menor influência através do poder das suas sugestões,
pressões e ameaças.
Os
partidos que suportam na AR o Governo, PCP, Verdes e Bloco, devido ao
acordo com o PS, nem sequer insistem no fundamental que é a
renegociação da dívida, ( lembre-se que só em juros sacam-nos
8.000 milhões por ano) mas que, pelo menos, continuemos a
sobreviver. E então, António Costa, para além das migalhas com que
o povo sobrevive, pretende mais uns miolos. E o que é que a UE, os
Mercados e as Agências de Rating, dizem? Nem pensar! E a coisa está
presa por, mais ou menos, 1.000 Milhões de euros ( ¼ do que vamos
pagar pela falência do BANIF) . Portanto, a UE, os Mercados e as
Agências de Rating que são o rosto dos vampiros, os tais que só
1% deles acumula mais riqueza que 99% da humanidade, querem mais
sangue. Mais sangue deste povo que já está tão anémico.
É
esta a UE que integramos. É este o mundo em que vivemos. É esta a
camisa de 11 varas onde estamos metidos e que só o povo, os povos,
podem rebentar.
Francisco Ramalho
Corroios,
3 de Fevereiro de 2016
Sempre actual o comentário do colega e Amigo Francisco Ramalho. Como é possível deixar para último plano o elemento que condiciona toda a nossa economia? Enquanto a dívida não for reestruturada não é possível fazer orçamentos dignos de uma nação independente e fraterna. A União Europeia tem de aprofundar estas situações, porque se não o fizer em breve, está encontrado o caminho para a desunião europeia. Os países ricos não podem continuar a não ser solidários com os países menos afortunados.
ResponderEliminarSó é pena e lamentável vermos vendilhões pátrios com a bandeira na lapela porem-se ao lado do deputedo de Bruxelas, que de Portugal só conhece o Vinho do Porto, disse um desses deputados.
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