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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
UMA “NEGOCIAÇÃO INTELIGENTE”?
12 comentários:
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O problema é que a realidade económica e financeira deste país é muito difícil de gerir. Muitas das empresas que não têm apoio governamental estão descapitalizadas ou em pré-falência. A dívida pública é enorme e incomportável. O desemprego é cada vez maior, pois quem está atento verifica que não se criam efectivos postos de trabalho e que as estatísticas apresentam redução apenas no número de desempregados inscritos. A dívida é impagável nas actuais condições, pois os juros que a ela estão adstritos não são suportáveis pela nossa modesta economia. Enfim, é um rol de situações caóticas que são insuportáveis.
ResponderEliminarCaro Joaquim, sem dúvida. Sobre o problema nuclear do subfinanciamento das empresas, ele não é de hoje, e tenho de confessar (insuspeitamente) que não decorre do 25A. Já com Salazar os empresários e investidores desconfiavam do Estado. O capital social investido nas empresas era sempre o mínimo. Ainda hoje (menos, claro) há essa desconfiança, esse estigma. A questão principal é que nós, leia-se, os nossos políticos destes 42 anos, nunca quiseram ser impopulares e controlar a sério os défices públicos. As políticas de austeridade e contracção de investimento, quando este é financiado com crédito, nunca foram populares, pelo contrário, roubam muitos votos. Um governo tem um mandato de apenas 4 anos. No primeiro tenta fazer algo, no 2º joga à defesa, nos 2 últimos só pensa na reeleição. É a vida...
EliminarSaiba Caro Manuel Alentejano, que há muita canalha a comer à nossa custa. Uns com o cu alapado na AR e ligações a escritórios e empresas, que depois se servirão dos paus mandados, fazendo o que lhes apetece. De seguida, saídos dos poleiros encaixam-se na perfeição no topo dessas empresas, etc, etc.etc., numa corrupção tal, que toda a riqueza criada vai para as mãos e bolsos de tais abutres. Um abraço e até daqui a pouco, para mais um comentário.
ResponderEliminarCaro José Amaral, se houvesse coragem e dignidade dos agentes políticos, a AR já havia sido reduzida em 50 deputados, como a Constituição prevê, e estes nunca poderiam acumular com qualquer actividade remunerada, designadamente a de Advogado. Mas quem consegue controlar a corporação dos Advogados neste País?
EliminarLamento ter de vir aqui contrariá-lo. É que há afirmações suas que me beliscaram o intelecto. Vejamos:
ResponderEliminar1.AC não anunciou que poderia constituir governo com as esquerdas:
E tinha de o fazer? Tanto como Passos Coelho (PC) nas eleições de 2011. Aliás, “poderia” não é o mesmo que “ia”.
2.Negociação inteligente:
Parece que ainda há quem duvide. Vamos esperar mais um bocadinho?
3.As autoridades comunitárias obrigaram AC a…:
É isto que o leva a ficar muito desapontado… com AC? Eu ficaria com as autoridades comunitárias. Mas, como já as conheço de ginjeira...
4.Reduzindo o défice estrutural mais do que AC desejava:
Nisto, estou com AC. O outro, PC, achava sempre pouco, ainda queria mais.
5.Obrigando este governo a aumentar impostos:
Felizmente para nós, este governo queria baixar impostos. O outro, o de PC, queria baixar… o rendimento disponível.
6.Subserviência:
De facto, a quem tem (até ver…) batido o pé aos “eleitos” de Bruxelas, vê-se mesmo que o epíteto é ajustado…
7.Estaríamos de joelhos perante Bruxelas:
É isso, se bate o pé, não está de joelhos!
8.Nunca se engana e tem sempre razão:
Isso era o outro, o que se vai embora não tarda nada.
9.França e Itália pertencem a outro campeonato:
Pois é, agora, o senhor disse tudo. Ignoremos, pois, os princípios da fundação da União Europeia. E, já agora, quando fizermos campeonatos da bola em condições, metemos o Braga no rol dos 3 grandes ou mandamo-lo para as traseiras do Estádio, o lugar dos coitadinhos? O campeonato, se não é, devia ser o mesmo, senhor Manuel Alentejano!
Os meus cordiais cumprimentos.
Sr. Rodrigues, nunca iremos estar de acordo, mas isso é normal em democracia. Pela sua ordem, vejamos. Claro que AC em nome da transparência e de uma ética política que não quis saber, era "obrigado" a anunciar possíveis coligações antes do voto. A comparação com a aliança PSD-CDS, é espúria, e nisso vê-se logo que estamos em barricadas diferentes. Sabe porquê? É que PC convidou Portas DEPOIS de ter ganho as eleições, e estes dois partidos sempre foram aliados no passado, desde 1980! Se AC tivesse convidado as esquerdas DEPOIS de ter ganho as eleições, muitos como eu de direita ou conservadores, teriam ficado surpresos, mas não CHOCADOS E IRRITADOS, como ainda estamos. Tenho diversos amigos do Ps e de esquerda com quem sempre falei de política desde 1974, e agora não conseguimos, sem provocar acesas discussões.
EliminarNo fundo, como já aqui escrevi, se o PS, ou de algum outro partido de esquerda estiver a negociar com Bruxelas e tiver de ceder, está a fazer uma "negociação inteligente", como propôs AC antes do voto. Se fôr PC ou Portas, estão de joelhos. Em conclusão, a esquerda é sempre inteligente, honesta, competente e "ungida". A direita, faça o que fizer, será sempre estúpida, corrupta, incompetente e boa para ser "malhada", como reclamou Santos Silva, o ideólogo do PS. E estamos falados, caro senhor. Passe bem.
A Pitonisa não estava ao serviço de António Costa nem do seu Partido e, por isso, este, não a tendo consultado, não poderia predizer o futuro. O PS já esteve no Governo com o CDS e não avisou ninguém antes de que o iria fazer. Em politica os acordos fazem-se conforme as circunstâncias e não de acordo com "tradições". Nos outros países, onde os partidos que não ganharam as eleições fizeram governo, julgo eu, porque não tenho toda a informação, não informaram, no período eleitoral, quais as alianças que iriam fazer para governar. Vivemos de realidades e não de "choradinhos". É legal o Governo que nos representa? Julgo que é! Então, para bem do país, de nós todos, vamos ajudá-lo para que nos governe bem, porque, que diabo, não se trata de nenhuma seita de malfeitores.
ResponderEliminarRespeito a sua bondade e boa fé, que infelizmente não consigo adoptar, pois AC era o número dois do infame José Sócrates e não merece qualquer crédito de nova confiança. Claro que o governo é legal, e eu nada farei para o boicotar, porque ponho em primeiro lugar o interesse nacional, e devemos muito dinheiro aos credores estrangeiros. Mas é bom que se aguente sózinho com os seus aliados, porque se estes o abandonam, AC tem de se demitir.
EliminarO meu amigo, que eu respeito muito, é um homem cordato e crente. Eu estive muitos anos, mais de três décadas, na luta política. Levei muito tempo a perceber que a luta pelo poder assenta, quase sempre, em traições e jogos sujos. Não me adaptando, abandonei a hoste partidária, mas continuo a ser um cidadão interessado na "polis". O Costa, como a maioria dos políticos de topo, só com estratégias pouco limpas chegou a "general" do mal amanhado exército socialista. Algum dos chefes dos partidos, que representam facções do povo, apresentam uma folha limpa? O anterior, cuja folha de serviços foi estar sob as asas de Ângelo Correia, hoje multimilionário após currículo político, e depois ligado com com Relvas ao escândalo TECNOFORMA, que não pagou a tempo as taxas para a Segurança Social, também não merece assim tanto respeito. Só que eu, sabendo o que a casa gasta, sem escolha possível, porque o sistema a isso conduz, quero que, seja quem for que nos governe, faça o melhor possível para o país. A isenção é muito difícil porque, se apontamos os erros dos nossos, podemos ser apontados como traidores. Um abraço lusitano.
EliminarE, com o REINO UNIDO, a UE pia finíssimo. Só que, acerca de Portugal, nem os deputados do deputedo de Bruxelas conhecem. Mas, disse um dos palermas, que gostava de Vinho do Porto.
ResponderEliminarMas existem vendilhões pátrios com a bandeira na lapela que se põem ao lado de tais abutres.
A dimensão das economias e do arsenal militar ainda são cartas fortes na estratégia política mundial.
EliminarRealmente, foi mesmo deprimente ouvir, uma vez mais, os guinchos do histriónico Rangel!
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