Já com a poeira mais ou menos assente após 52% dos eleitores que exerceram o direito de voto, terem provado saber fazer a prova dos noves confirmada com a prova real, com as empresas de sondagem a terem oportunidade de brilhar e finalmente escutada a opinião de politólogos, analistas, comentadores, dirigentes partidários e conversas de café, parece haver unanimidade que os grandes perdedores do acto eleitoral do último Domingo, 24 de Janeiro, apenas se podem queixar de si próprios e dos partidos apoiantes dissimuladamente ou à descarada. Os títulos são elucidativos: os 10 erros de Maria de Belém; o ambíguo PS errou ao não apoiar inequivocamente um candidato; o PCP não apresentando uma figura pública conhecida. A atrapalhação foi tal, que Jerónimo de Sousa, habitualmente com fair play e um provérbio a propósito na ponta da língua, desta vez chegou a ser deselegante para com a candidata do BE que com a sua empatia conquistou um brilhante lugar com direito a subvenção estatal.
No entanto, com tantos erros cometidos e com tanta falta de visão demonstrada, mesmo assim, os responsáveis pelo desaire eleitoral, ainda tiveram o desplante de se agarrarem à desculpa de mau perdedor, repetindo a cassete que o vencedor tinha partido em vantagem, pois andou mais de 20 anos e criar a imagem. Esta desculpa, faz-me lembrar os maus alunos que se desculpam dizendo que os colegas tinham copiado ou que o professor os tinha ajudado no exame.
Antes de terminar, faço votos para que o grande especialista em transformar derrotas em vitórias, desta vez não se una à abstenção para reclamar victória.
Parabéns Professor Marcelo e muitos êxitos naquele que será o maior desafio da sua brilhante e invejada carreira para o bem de todos. Jorge Morais
Publicada no Jornal METRO em 29.01.2016
De facto, Caro Amigo, não vale a pena 'bater mais no ceguinho'. Agora, MRS é o PR de Portugal. E pronto, está tudo dito.
ResponderEliminarUm abraço
Senhor Amaral, “bater mais no ceguinho” é quando há muita insistência no mesmo assunto, como aliás vejo a toda a hora nesta casa , mas com outras vitimas. A minha carta, cronologicamente, tem as seguintes datas para verificar que não se pode considerar “bater.....” Eleições a 24/1 – carta enviada p/os jornais a 26/1 – Publicação a 29/1 – Por problemas técnicos p/entrar no blogue – 2/2. Um abraço, Jorge Morais
EliminarSó coo "nota de reportagem", não posso deixar de observar uma afirmação do jovem "turco" do PS, Galamba de sua graça, que numa entrevista na SIC NOT, afirmou que a vitória do Presidente eleito, havia sido "res-vés, Campo d'Ourique". Ora 2% de 5 milhões, devem ser aproximadamente 100 000 votos. É preciso não ter vergonha na cara. Mas deste Galamba, já nada me surpreende...
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