terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

MAU PERDER

com a poeira mais ou menos assente após 52% dos eleitores que exerceram o direito de voto, terem provado saber fazer a prova dos noves confirmada com a prova real, com as empresas de sondagem a terem oportunidade de brilhar e finalmente escutada a opinião de politólogos, analistas, comentadores, dirigentes partidários e conversas de café, parece haver unanimidade que os grandes perdedores do acto eleitoral do último Domingo, 24 de Janeiro, apenas se podem queixar de si próprios e dos partidos apoiantes dissimuladamente ou à descarada. Os títulos são elucidativos: os 10 erros de Maria de Belém; o ambíguo PS errou ao não apoiar inequivocamente um candidato; o PCP não apresentando uma figura pública conhecida. A atrapalhação foi tal, que Jerónimo de Sousa, habitualmente com fair play e um provérbio a propósito na ponta da língua, desta vez chegou a ser deselegante para com a candidata do BE que com a sua empatia conquistou um brilhante lugar com direito a subvenção estatal.

No entanto, com tantos erros cometidos e com tanta falta de visão demonstrada, mesmo assim, os responsáveis pelo desaire eleitoral, ainda tiveram o desplante de se agarrarem à desculpa de mau perdedor, repetindo a cassete que o vencedor tinha partido em vantagem, pois andou mais de 20 anos e criar a imagem. Esta desculpa, faz-me lembrar os maus alunos que se desculpam dizendo que os colegas tinham copiado ou que o professor os tinha ajudado no exame.
Antes de terminar, faço votos para que o grande especialista em transformar derrotas em vitórias, desta vez não se una à abstenção para reclamar victória.
Parabéns Professor Marcelo e muitos êxitos naquele que será o maior desafio da sua brilhante e invejada carreira para o bem de todos. Jorge Morais
 
Publicada no Jornal METRO em 29.01.2016

3 comentários:

  1. De facto, Caro Amigo, não vale a pena 'bater mais no ceguinho'. Agora, MRS é o PR de Portugal. E pronto, está tudo dito.
    Um abraço

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    1. Senhor Amaral, “bater mais no ceguinho” é quando há muita insistência no mesmo assunto, como aliás vejo a toda a hora nesta casa , mas com outras vitimas. A minha carta, cronologicamente, tem as seguintes datas para verificar que não se pode considerar “bater.....” Eleições a 24/1 – carta enviada p/os jornais a 26/1 – Publicação a 29/1 – Por problemas técnicos p/entrar no blogue – 2/2. Um abraço, Jorge Morais

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  2. Só coo "nota de reportagem", não posso deixar de observar uma afirmação do jovem "turco" do PS, Galamba de sua graça, que numa entrevista na SIC NOT, afirmou que a vitória do Presidente eleito, havia sido "res-vés, Campo d'Ourique". Ora 2% de 5 milhões, devem ser aproximadamente 100 000 votos. É preciso não ter vergonha na cara. Mas deste Galamba, já nada me surpreende...

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