terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

SUBSERVIENTES, OU CUMPRIDORES?




O actual governo, fartou-se de criticar o anterior por ser subserviente face a Bruxelas. Os partidos seus aliados á esquerda, chegaram a afirmar que Passos Coelho estava de joelhos face aos nossos credores. António Costa (AC), já na campanha eleitoral de Outubro, propunha uma "negociação inteligente" com eles. Agora que existem problemas com o esboço de OE/2016, o vocabulário parece ter mudado. Fala-se em serenidade e negociação, sem mais adjectivos. Mudou a logística das negociações e conversas em Portugal. Antes os técnicos da "tróica" eram passeados por Ministérios e ministros. Agora só conhecem os seus contrapartes técnicos do Ministério das Finanças. Resta saber, nos próximos "capítulos" desta preocupante novela, se a frieza desta logística, bem típica de anglo-saxões, será mais frutuosa que a nossa habitual familiaridade e intimidade latina. E se o anterior governo, tal como este, não é nem subserviente nem arrogante, mas simplesmente cumpridor, como qualquer devedor deve ser. É também curioso que os interlocutores do governo actualmente em Bruxelas, sejam todos socialistas. Será que AC vai agora denunciar um conspiração política?
OBS. Este artigo foi publicado no semanário EXPRESSO, na sua edição de 6/2/16.

4 comentários:

  1. Com cortes no final, este artigo foi publicado, hoje, dia 6.02.2016, no jornal "EXPRESSO".

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    1. Sempre atento, amigo Joaquim. O seu silêncio desta vez, significará concordância?

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  2. Amigo Manuel - As guerras políticas, entre as denominadas esquerdas e direitas, sustentadas por políticos e comentadores que, na maioria dos casos, não têm competência e honestidade, obriga-me a não ser partidário e por isso, sei que a razão, ou a falta dela, não estão sempre no mesmo lado. Daí, aceitar que muitas das promessas políticas são inconsistentes, e por isso não merecem crédito. A forma como AC e os seus seguidores destronaram António Seguro não me deixaram grandes dúvidas sobre o seu carácter. Contudo, como outros grupos partidários, que se lhe opõem, não são melhores, veja-se o rol de malfeitorias onde estão inseridos, tenho a obrigação de não desacreditar totalmente. Em muitas coisas, não concordo nem discordo, fico no meio da ponte.

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  3. Absolutamente, caro Joaquim. A classe política, desde 1990, pelo menos está muto pobre intelectualmente. As melhores pessoas, em todos os partidos, foram "tratar das suas coisinhas". Ganhar pouco, ser insultado em todo o lado como ladrão ou corrupto e não ter privacidade, é demais para os nossos melhores. Não serei eu que os censuro. Depois ficamos com esta indigência, com a qual não há pachorra...

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