Aqui chegados. Apoiamos o governo
de António Costa, suportado pelo PCP e pelo BE, mas apenas como uma solução
transitória. Apoiamos as suas medidas sociais e condenamos a ingerência de
Bruxelas e das agências de "rating" no Orçamento. Somos um país
soberano, não uma colónia da Comissão Europeia. Posto isto, declaramos que,
numa segunda fase, não aceitamos ser governados por ninguém nem aceitamos que
ninguém esteja acima de nós. O capitalismo é o contrário do amor. Amor que é
divino, amor que une e não separa, amor que é dar e receber, sem preço nem
moeda. Acreditamos também em todos aqueles que, ao longo dos séculos, lutaram
pela liberdade e pela justiça. Em todos os que quiseram instaurar o Paraíso na
Terra. Em todos os que transmitiram a sua sabedoria. Há algo de bom no ser
humano. Contudo, esta sociedade mercantil tende a castrá-lo. Alguns elevam-se,
ultrapassam-se na bondade, na criação, na sabedoria. Mesmo que sejam
insultados, perseguidos, presos. Outros limitam-se a escrever umas coisitas
engraçadas. É a sociedade do consumo.
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