Apesar de não concordar com a maioria dos ideais do PCP, confesso que me habituei a respeitar Jerónimo de Sousa considerando-o incapaz de proferir uma mentira, excepto as que o comité obriga. Hoje, confrontado com a acusação de ter abandonado o hemiciclo na hora da votação, veio desculpar-se que tinha uma entrevista para aquela hora. Quero lembrar-lhe que lhe pago para estar no parlamento a desempenhar a sua função e não para se desenfiar para acções de caracter pessoal. Caso este caso se tivesse passado com um adversário de outra bancada, parece estar a ouvi-lo a proverbiar: a mentira é como a desgraça, nunca vem só. A que eu acrescentaria, dirigindo-me a si, que no melhor pano, cai a nódoa. E as deputadas do BE, que Jerónimo achou serem engraçadinhas, a esfregarem as mãos de contentes lembrando-lhe os dois últimos resultados eleitorais: quem foi ao mar, perdeu o lugar! E tudo isto por ter que estar com um pé dentro e outro fora, situação a que não estava habituado. Jorge Morais
Publicada no Jornal DESTAK de 03.05.2016 - Jornal PÚBLICO 04.05.2016 - JN 09.05.2016
PS
A negrito está um parágrafo que me lembrei posteriormente não tendo enviado para o jornal. De castigo, aqui vai um provérbio para mim próprio: A pressa é inimiga da perfeição
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