sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Civismo


O excesso de delicadeza, quando a pessoa se confronta com situações em que não percebe se está a ser suficientemente educada, pode ser incomodativo; mas a falta de civismo é, seguramente, uma das piores características de grande parte dos portugueses.

E não há dia em que não nos deparamos com situações, algumas revoltantes, de gente que não cumpre regra nenhuma, quer no trânsito, como automobilista, como pedestre, quer nas filas de espera, nas várias situações do dia a dia.

O arquitecto Gomes Fernandes, na sua crónica “Passeio Público”, no JN, refere precisamente a falta de civismo das gentes do Porto: o automobilista que não está para sinalizar as mudanças de direcção, que circula nos parques das grandes áreas comerciais sem respeito pela sinalética, o cidadão que leva o cão a fazer na rua as necessidades e não recolhe os dejectos, que não fecha a tampa do contentor do lixo...

E conclui Gomes fernandes: “Isto, caros leitores, numa cidade turística por excelência, com gente simpática e acolhedora mas que esquece estes pequenos detalhes; a autarquia e as autoridades podem ajudar nisto, mas a solução é individual, de cada um, está no grau de educação e respeito, de civismo e cidadania, pois é isso que faz a cidade”.



Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. Nunca é de mais falar-se nestas coisas, e o Senhor Amândio costuma fazê-lo. Somos uma minoria... Mas a Comunicação Social, nomeadamente a televisão, podia dar uma ajudinha. Uma ajudona! Sensibilizando a malta. Mas quem manda nela, está mais preocupado com o omnipresente futebol. Não propriamente com a modalidade em si(a transmissão de alguns desafios) que até é interessante, mas com os intermináveis e saturantes debates e análises. Isso passa-se no Porto, mas, como se sabe, não só. Essa é uma das vergonhas nacionais. Outra, é a forma como se tratam tantos animais. Parabéns pelo tema, Sr. Amândio!

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  2. Li e já tinha e tenho pensado em tanta incivilidade. Portanto, Amigo e senhor Amândio fez muito bem em nos refrescar a memória para o que de muito mal e mau se faz.

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  3. Obrigado aos dois. E é exactamente como diz o senhor Ramalho, não é um problema regional, é "maleita" que afecta o país de Norte a Sul. E, na verdade, bastava tirar uma horinha por semana a tanta futebolice, substituindo-a por um programa de educação cívica; só que, de certeza, baixava a audiência, que é a coisa que tudo comanda...

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