PÚBLICO, 28 JANEIRO 2018, pág. 46
AUTORIDADES LOCAIS PROPÕEM BILINGUISMO PARA OLIVENÇA
O ano de 2017 terminou com um facto que, a confirmar-se a sua aceitação, pode ser considerado uma grande vitória da Lusofonia. Na verdade, a Comissão Educativa para a Língua e Cultura Portuguesa de Olivença, constituída por representantes dos Centros Educativos, da Câmara Municipal. de Olivença, da Associação Cultural (oliventina) Além Guadiana e da cidadania em geral, apresentaram, no dia 30 de dezembro de 2017, à Conselheira da Educação da Junta da Estremadura (espanhola), aquilo que denominaram "Plano Específico para a Língua e Cultura Portuguesa em Olivença", com o intuito de caminhar para o bilinguismo na cidade. Ao que parece, e de acordo com um comunicado camarário, este projeto "não se cinge só ao âmbito escolar, mas também é extensível ao conjunto de dimensões que constitui a cidadania". E, continuando a citar, "ao traço linguístico deve-se unir o cultural, que tornam singulares os oliventinos; a transversalidade conseguir-se-á através da cooperação de todos os setores; com o que pode vir a representar o bilinguismo em Olivença, deverão os oliventinos juntar forças entre todos (Câmara, Governo Regional, escolas, associações e prática de cidadania)".
Tudo isto se passa por iniciativa duma associação local(Além-Guadiana) que, sem se intrometer nas questões de soberania, tem, desde 2008, feito o possível e o impossível para recuperar a cultura portuguesa em Olivença. Já logrou convencer as autoridades a proceder a várias formas de bilinguismo toponímico (caso das placas das ruas), e, desde 2014/15, tomou a iniciativa de reivindicar a nacionalidade portuguesa para os oliventinos que o reivindiquem (ronda quase o milhar os que a obtiveram). Sabiamente, as autoridades locais têm sido sensíveis, acedendo a escutar um apelo que é, antes de tudo, cultural e histórico. Falta que, em Portugal, se estendam muitas mãos a quem, num número cada vez mais significativo, quer ter voz na Lusofonia!
Estremoz, 15 de janeiro de 2018
Carlos Eduardo da Cruz Luna
Muito boa tal ideia, que já tinha lido no jornal PÚBLICO.
ResponderEliminarParabéns Carlos Luna. Tudo devemos fazer para que o que nos foi ROUBADO volte a ser PORTUGAL, pese embora o desprezo de muitos e muitos vendilhões pátrios a tal desejo.
Muito boa tarde, Senhor Carlos Luna. Peço desculpa de me estar a intrometer no seu texto, contudo não sou fiscal, mas faça o favor se não se importa, de alterar a data, de 28 de Janeiro de 2018...que decerto por distracção escreveu (o que é perfeitamente normal acontecer), porque ainda vamos no dia 19. Eu já tinha lido no jornal PÚBLICO, e gostei.
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