sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Querer não é poder


Sabendo que jamais serei poeta
Porque não é suficiente querer
Uns versinhos sou eu capaz de escrever
Que passem ao lado do “exegeta”.

Não dou descanso à minha caneta
E não quero desistir de o fazer
Mas sem a veleidade de pretender
Impingir pensamento de profeta.

Não me atrevo a chamar poemas
A desabafos que serão apenas
A forma de passar uma mensagem;

E se nalguns versos houver poesia
Terá sido tal lampejo de magia
Apenas enganadora miragem!



Amândio G. Martins

4 comentários:

  1. "...Impingir pensamento de profeta...". Mais um dos seus versos, Amândio, que justificam a sua leitura. Este pela crueza certeira.

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  2. Menos mal. Se em catorze versos se aproveita um, nem tudo está perdido...

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    1. Não é isso, Amândio! O que fiz foi relevar um verso do soneto, aquele que em pareceu conter o "miolo" da sua mensagem, Tal como já tinha feito aquando do seu soneto anterior. Os sonetos é que são totalmente diferentes. O outro é mais uma parte da "história" que nos vem contando há muito e é de "interior" e este é "para fora". Fiz bem a "exegese"?...

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  3. Esteja sempre à vontade para dizer o que lhe pareça bem; eu é que, como não me levo a sério neste tipo de escrita, estava a brincar consigo...

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