Dos que aqui
escrevem, nenhum de nós o faz com inteira perfeição. Aliás, que saiba, nenhum
de nós é profissional das escritas, se bem que haja alguns já publicados em livro.
Em adenda a
este intróito, gostaria de pedir a quem me vier a ler que não veja neste texto
qualquer intuito presunçoso de vir botar sapiência (a que tenho é muito limitada)
em cima de um assunto de algum melindre.
Acontece que,
com muita frequência, leio textos em que o sujeito é separado do predicado por
uma vírgula. O erro, muitas vezes, explica-se porque esquecemos que as pausas,
na oralidade, não são iguais às da escrita. Ora, para não dizer NUNCA, esta é
uma situação que pode ocorrer apenas em pouquíssimos casos, aliás, muito
especiais.
Será assim
tão importante atendermos a estas “chinesices”? Eu penso que sim, não por
purismo, mas porque entendo que um texto ganha responsabilidades acrescidas se
é publicado, seja nos jornais (aí, o erro é menos frequente, graças aos
jornalistas que tratam os textos) ou mesmo aqui no blogue. Essas responsabilidades
vão ao ponto de os leitores, se são mais incautos do que nós próprios, à força
de lerem repetidamente tais incorrecções, poderem vir a convencer-se de que está
bem, quando não está, e começarem a copiar o “estilo”, com a
consequente disseminação do erro. À semelhança da mentira que, mil vezes
repetida, se pode tornar verdade, também o errado poderá começar
a considerar-se correcto.
Poderia
ainda falar de outras inépcias que também aparecem, embora, felizmente, com menor
incidência. Trata-se das faltas de concordância ou das erradas utilizações de
certos tempos verbais. Também não é nada bom saborear estas “iguarias”, mas,
enfim, do mal o menos.
Bem sei que,
na azáfama do quotidiano, na pressa do “recado”, nem sempre estamos atentos ao
cuidado que um texto merece quando se torna público, para ser lido por (muitos
ou poucos) desconhecidos, e, sobretudo, sendo dado à luz num blogue que se proclama
de (leitores)-escritores.
Dentro do
possível, que não nos fiquemos pelo “meia bola e força”, e que só se dê “ordem de
marcha” a um texto que, previamente, tenhamos lido numa pequena revisão, sempre
útil a verificar erros inoportunos e evitáveis. (Será que o fiz neste?).
NOTA
IMPORTANTE: A quem, por maior susceptibilidade, se sinta tocado - ou mesmo
ofendido (?) - com este texto, apresento as minhas desculpas e asseguro que, ao
escrevê-lo, nunca tive essa intenção. A única que tive foi a que explicitei
acima. De qualquer modo, que fique bem claro que cada um pode/deve escrever
como muito bem entender e souber, porque o espaço é livre. No entanto, se
contribuir, pouco que seja e à sua medida, para a defesa da Língua Portuguesa,
não ajudando à proliferação do erro, já muito estará a fazer. E, é claro, estou
perfeitamente consciente de que todos nós, sem excepção, por muito cuidado que
tenhamos, lá viremos, de vez em quando, a meter a “pata na poça”.
Eu pecador me confesso...
ResponderEliminarVou tentar, vou tentar. Melhorar é sempre bom.
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