Não se tem falado muito da Catalunha. Passada a febre em
torno dos processos eleitorais (autorizados ou não por Rajoy), o assunto caiu
num certo esquecimento muito “conveniente”, mas, ao que parece, tornará brevemente
a aparecer à tona dos dias. Lembremo-nos de que esse esquecimento é clara
consequência do pacifismo catalão que, há décadas, dá sinais de paciência e
bom-senso. Os espanholistas, chefiados por um galego arrogante, sem poderem
apontar o dedo aos catalães como fizeram aos bascos, aproveitam-se do silêncio
cúmplice da Europa e mantêm na prisão e no exílio cidadãos que, à luz do
Direito, deveriam gozar de liberdade plena. Lutaram por um ideal, velho de
décadas ou de séculos, não mataram nem roubaram. Não cometeram crimes de delito
comum, estão presos pelas ideias que defendem, sendo que alguns deles até mereceram,
no veredicto popular, a indigitação para ocuparem altos cargos políticos.
Estranho mundo este, quando a estupefacção começa aqui às
nossas portas. Quem diria que, em Espanha, União Europeia…
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