quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Muitos sindicatos na Polícia...


Uma notícia recente na 1.ª página no Jornal de Notícias, referia a preocupação com um número considerável de folgas de sindicalistas da PSP, devido à existência de muitos sindicatos.
Quanto mais divididos, melhor. Foi sempre um objectivo do poder patronal e governamental para quem trabalha por conta de outrem e até ajudam ou promovem a constituição de alguns sindicatos, para combater os que verdadeiramente defendem interesses e direitos de quem trabalha. Tal leva à pulverização sindical que existe na PSP, e não só, quer a nível de sector público e também no privado.
Antes de Abril de 1974, durante o corporativismo-fascista, para além do controlo dos sindicatos e da sua proibição para alguns sectores, nomeadamente administração pública e polícias, tal era ainda reforçado com a divisão por profissões, impedindo que numa empresa os trabalhadores tivessem um único sindicato vertical que abrangesse todos os trabalhadores, independentemente da sua profissão.
Mudam-se os tempos, muda-se também a estratégia do capitalismo…

5 comentários:

  1. Percebendo que uma qualquer pulverização leva à perda de força, não entendo a sua inferência. Quem constitui, em democracia, sindicatos não são os trabalhadores?

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  2. Depois do 25 de Abril de 1974, é verdade que está estabelecido em lei que a constituição duma associação sindical é através duma assembleia constituinte com registo de presenças, que o Código de Trabalho a partir de 2003 facilitou, sem qualquer preocupação sobre o mínimo de representatividade para o sector a que se destina, abrindo até a possibilidade de a assembleia ser de representantes de associados... Pode existir pois a hipótese de trabalhadores mais permeáveis a influências patronais constituírem uma associação mais simpática para os patrões... A questão da representatividade nunca esteve bem ou nada regulada em Portugal, permitindo a algum patronato, sobretudo na contratação colectiva, acordar retirada de direitos, salários baixos, etc., com associações pouco ou nada representativas, para tentar impor aos que representam a maioria dos trabalhadores. Esta uma lógica apreciação geral que pode ter desenvolvimentos específicos nalguns sectores. Aproveito a oportunidade para referir que o meu texto é o desenvolvimento dum comentário que fiz ao que escreveu o Sr. Amândio G. Martins quando o JN deu a notícia.

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    1. Mais permeáveis... ou menos permeáveis... mas são eles que decidem e não lhes é imposto nada na formação de sindicatos,essa é a minha questão.

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  3. Não lhes é imposto nada, como quando decidem em opções de voto, de políticas, de consumo, etc., em que as escolhas se mostram erradas para o próprio e mesmo para os seus mais próximos... porque foram permeáveis a influências e pressões diversas contrárias ao seu interesse.

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    1. Caro Ernesto Silva, o voto é o modo como expressamos o que queremos. A velha autonomia que sempre defendo em tudo.

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