ESPECULADORES DO TEMPO
O tempo é-nos dado como graça
Mas vemo-lo esvaír-se sem volta
Fazendo importante quem o conta
Tornando este mundo uma desgraça.
E vemos a cada dia que passa
Nas ensandecidas horas de ponta
Tanta dificuldade que defronta
Quem sai cedo e entra tarde em casa.
Passam horas em transportes públicos
Grandes massas de seres abúlicos
Mal descansados por uns parcos tostões;
O patrão viaja refastelado
Porque os que se deslocam como gado
São a fonte inesgotável de milhões...
Amândio G. Martins
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