quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Extrapolar do poder que julgam ter

 

Um pouco tendo como exemplo o “sucesso” de António Costa, com aquela surpreendente coligação à sua esquerda, em Espanha também se formou o que foi o primeiro governo de coligação da sua história pós-franquista, com o surgimento de novos partidos a pôr fim a bipartidismo, que tem impedido os tradicionais dois grandes partidos de, só por si, conseguir maioria para governar.

 

E Pedro Sánchez lá tem conseguido equilibrar as coisas, embora não se possa distraír um segundo com aquela gente do “Podemos” e “Esquerda Unida” com quem se coligou, que a todo o momento fazem tremer o governo, e só vão segurando a coisa porque sabem que o destino que os espera em próximas eleições não é nada risonho, atentos que devem andar ao que se passa por cá.

 

Alberto Garzón, um dos tais ministros desestabilizadores, a quem foi confiada a pasta do Consumo, sempre que abre a boca dá origem a grandes distúrbios; é que sendo Espanha um grande produtor de carne, para consumo interno e, sobretudo, para exportação, começou por aconselhar a gente a reduzir o consumo de carne, que faz mal à saúde, levando o chefe do governo a intervir, dizendo que ninguém lhe vai tirar um bom costeletão; a seguir, deu uma entrevista a um jornal inglês diabolizando as grandes explorações pecuárias, que além de poluiram tudo, produzem carne de menor qualidade.

 

Acontece que o referido jornal pôs na boca do ministro que a carne espanhola, que Inglaterra importa  em grande quantidade, era de má qualidade; ora isto caíu como uma bomba entre os “ganaderos”, os quais têm sido apoiados por partidos da Direita para grandes acções de rua e, pior que isto, já invadiram um dia destes o município de Lorca, na região de Múrcia, um pouco ao jeito daqueles trumpistas no Capitólio, tendo sido apontados elementos ligados ao Partido Popular a “incendiar” aquela gente revoltada contra a Esquerda que governa...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

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