No nosso país existem muitas zonas ditas protegidas, mas com muito pouco quem as proteja, sempre que alguém poderoso lhes lança o “olho gordo”, como foi visto em imensos casos “PIN; e quando esses “empreendedores” não conseguem aprovação oficial, fazem de conta que já a obtiveram e avançam com grande aparato para o terreno, não sendo difícil adivinhar importantes cumplicidades na tramóia.
Começam a construír, mesmo que haja denúncia popular das irregularidades, porque contam ver a coisa aprovada, beneficiando do facto consumado, porque seria grande desperdício, num país tão pobre como o nosso, tranformar em entulho tanto dinheiro ali gasto.
Na Extremadura espanhola vive-se uma polémica assim, nascendo na zona protegida de Valdecañas um imenso complexo turístico-habitacional, com a bênção do presidente da região, Guillermo Fernández Vara. Só que a coisa, pela sua enormidade, deu muito nas vistas, e foi parar a tribunal que, em primeira instância, a salvou da demolição, precisamente para não desperdiçar tamanho investimento.
Como a “Fiscalia” procedeu, como é costume, para a instância seguinte, o Supremo mandou mesmo demolir, o que levou o governante da região a declarar que vai recorrer para o Constitucional; é que este senhor, que é médico e começou na política nos tempos da Aliança Popular, mais tarde mudou-se para o PSOE, deixando anticorpos nas gentes da Direita, de onde provêm grande parte dos juízes actualmente nas altas instâncias judiciais, não sendo de excluír que tenha sido isso a influir na decisão, e não a preocupação da Justiça com as Zonas Protegidas...
Amândio G. Martins
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