segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Desculpas Esfarrapadas

 

O que mais surpreende nas forças políticas da esquerda extremada é que, na tentativa de explicar o mau resultado obtido há dias, insistem na mesma conversa estragada que os levou a uma tão traumatizante derrota, num caminho que dificilmente os reconduzirá aos tempos felizes; de facto, nunca se autocriticam, admitindo que não andaram bem, antes atribuem exclusivamente a causas externas a “hecatombe”.

 

Diz Jerónimo que o fracasso eleitoral se deveu à chantagem que o PS fez ao eleitorado, explorando o medo que o PSD se aliasse à extrema-direita, se dela precisasse para formar Governo -  como se não se prenunciasse essa grande possibilidade - que fez engordar a sua votação; Catarina diz que tinham consciência do perigo que representava a não aprovação do Orçamento, mas que não seriam fiéis ao mandato se o tivessem aprovado.

 

Jerónimo diz agora que não baixarão os braços, intensificando acções de rua e mobilizando os sindicatos, exercícios que não deixarão de atrapalhar a vida da gente, que o que mais valoriza é ter trabalho e tranquilidade para se desenvolver, sem os “atranquilhos” de toda a ordem que as ditas acções potenciarão, com duvidoso proveito para o seus autores.

 

Enfim, valha-nos a poesia de Sophia: “O demagogo diz da verdade a metade/ E o resto joga com habilidade/ Porque pensa que o povo só pensa metade/ Porque pensa que o povo não percebe nem sabe”...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.