Se por distração de Deus, e por
desleixo, desconserto, e infortúnio dos portugueses, Passos Coelho regressar ao
poder como 1º ministro do país revoltado, sempre num esforço de recuperação,
que ele vendeu a retalho e pôs o que restou em cacos, exigindo agora a este
especial Governo a tarefa de sarar as feridas herdadas, e o refazer, numa
tentativa de o tornar igual à dimensão de outrora e de lhe devolver o orgulho
que ostentou na História que demorou muitos séculos a erguer e pelo qual lutou,
se tal acontecer, é prova de que a Democracia não é o melhor sistema político,
mas antes o mais depravado de entre todos os sistemas políticos-ideológicos. Ele, bem anda já a
ensaiar a farsa e a entoar mentiras, e em campanha a tentar vender o seu
peixe(função que nele se tornou um vício, obcessão ou trauma), e deseja por
entre os discursos que vai largando, o insucesso do actual governo, quanto mais
cedo que mais tarde. Disfarçadamente armado em patriota, daqueles que até dorme
com um pin verde-rubro na lapela armilar do pijama e uma bandeirinha multicolor
atrás da porta do quarto, para nos convencer de que ali está um homem valoroso,
sério, com ar de menino de comunhão solene, e ungido pelos lobbistas
beneficiados durante o tempo que teve as rédeas do poder nas mãos. Os cacos que
António Costa anda hoje a apanhar e a colar, apresenta-se uma tarefa difícil,
quase impossível, pois a dispersão dos favores consentidos pelo ex-governo da
coligação espalharam-se de tal modo que fazem notícia todos os dias nos
jornais, e foram parar a lugares custosos de lá chegar e resolvê-los. Cabe à
actual equipa governamental, liderada por Costa e pelos seus corajosos
parceiros, que numa estratégia de equilíbrio assente na inteligência, mas
digamos, de exigência ímpar para que a corda não estremeça, até que possam
recolher os anéis possíveis que os dedos dos amigalhaços de Passos e de Portas,
ainda detêm e ostentam. Se for a tempo, claro. O caso da TAP é um exemplo, por
um lado, e o da ANAC é outro, e aguardemos pelo desfecho do EFISA de Relvas e
Cª. Todos com contornos e propósitos criminosos, da política levada a cabo pelo
executivo da ex-coligação do compadrio, e nunca apagando o descalabro que eles
introduziram no BANIF. Passos Coelho provou enquanto prestou serviço como
bombeiro, que não só deixou a casa a arder, como prova agora que é um
incendiário. Esperemos é que ele seja chamado um dia a prestar contas ao país e
aos portugueses. A cela nº44 está vazia!
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