A
Direita já está arrependidíssima de ter denominado de geringonça
a atual solução governativa. Porquê? Porque se desmente a si
própria. Geringonça, significa coisa mal feita que se escangalha
facilmente, engenhoca… Já fez um ano, e pelo vistos, está aí
para lavar e durar. Ou seja, está aí para durar até ao fim da
legislatura. Portanto, o governo do PS com apoio parlamentar do PCP,
BE e Verdes não é a coisa ridícula e provisória que a Direita
depreciativamente apelidou de geringonça. Aliás, as sondagens que,
como soe dizer-se, têm o valor que têm, mas por tão esmagadoras
que são, aí estão a confirmá-lo. A Direita exagerou e enganou-se.
Redondamente. Mas também há exagero e injustiça da parte do
eleitorado ao atribuir a parte de leão do mérito da governação ao
PS. O PS sozinho nem sequer formava governo. E se o formasse,sem o
apoio que tem na AR, não praticava a política que pratica e caía.
E mais, se a solução encontrada não funciona ainda melhor, a culpa
não é de quem apoia o Governo na AR, mas sim do PS. Por exemplo, o
imbróglio altamente negativo da Caixa Geral de Depósito, PCP, BE e
Verdes não foram vistos nem achados e criticam-no. Sobre o garrote
que representa as condições de pagamento da dívida publica que só
em juros engole à volta de 10 mil milhões de euros por ano,
impedindo o investimento publico crucial ao desenvolvimento do
país,se ele, o garrote ,não é aliviado, a culpa também é do PS
que não cede à exigências dos seus parceiros na AR para
renegociar as condições de pagamento, nomeadamente os juros.
Portanto,
a solução justa para o país não é nem nunca foi a Direita, mas
também não é o PS sozinho. Aliás, como sempre se constatou e
constata. Evidentemente que não é fácil sairmos da difícil
situação a que os sucessivos governos, nomeadamente o ultimo
PSD/CDS, conduziram o país e com os condicionalismos impostos pela
União Europeia. O PS deu agora um passo positivo. Tem que dar mais.
As soluções para o país passam pelo reforço à esquerda do PS
nomeadamente pelo do partido mais consequente e de longe, com maior
implantação no mundo do trabalho, no movimento sindical, nos
sectores vitais da vida nacional, o PCP.
Francisco
Ramalho
Corroios,
28 de Novembro de 2016
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