No
mais recente folhetim do romance “CGD”, António Domingues demitiu-se. Cheguei a
pensar que queria esconder-nos dados de um fulgurante êxito empresarial que o
tivesse levado ao enriquecimento (lícito, suponho) ou, quem sabe, a um
não menos estrondoso falhanço na mesma área que, aliás, seria mau augúrio para
quem ia liderar o maior negócio do Estado e, em vez de investir meios
próprios, o iria fazer com dinheiros de nós todos. (Ponho fora de questão que
ele não quereria que viessem a comparar essa declaração com a do final do
mandato…). Afinal, enganei-me, ele acabou por entregar a famigerada
“declaração”, e tudo não passou de uma birra, cara, é certo, porque o levou a
desprezar um vencimento mensal muito superior aos dos mais altos representantes
do País. Estará no seu direito, incontestável, mas algo, ainda, incomoda o meu
intelecto: já não há vivalma que trabalhe por amor à causa, mesmo que ela seja
o País, apesar de não faltar quem, em espírito missionário, insinue que passou
a vida a “esfarrapar-se” pelo seu povo. Lérias… Qualquer um salva o País, desde
que lhe paguem muito bem. Ganhar dinheiro (licitamente) é legítimo. O mal é
esta ganância vulgarizada por quem entende que a acumulação de dinheiro é o fim
último da existência humana. Podem esses ir para o Inferno, que o Diabo já lá
está!
P.S.:
Se, para além do que é público em todo este processo CGD, há outras coisas que
eu desconheço, quererá alguém esclarecer-me?
Público - 30.11.2016 - truncado das partes sublinhadas.
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