sexta-feira, 18 de novembro de 2016

TR(ump)APALHADAS

Depois duma rasca campanha dos candidatos, com emails misturados com alegados abusos sexuais, com doses de populismo, insultos, xenofobia e ausência de seriedade, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos da América (EUA), apesar de não ter obtido a maioria dos votos do povo que votou, no específico sistema eleitoral e político americano, onde vira o disco e toca o mesmo.
A derrota de HIlary Clinton, também foi a de uma comunicação social dos grandes capitalistas que deixou cair a máscara da imparcialidade; foi a derrota das sondagens, que uma vez mais demonstraram que são um elemento de propaganda. O apoio a H. Clinton dos grandes meios de comunicação social, das sondagens e das elites económicas e artísticas, poderá até contraditoriamente ter desmobilizado alguns dos seus simpatizantes que pensavam que a vitória eram favas contadas.
A derrota de H. Clinton é também a do poder político a que ela está ligada, instalado há muito tempo nos Estados Unidos e nos principais países capitalistas da Europa, responsável pelo não cumprimento de promessas feitas, pelo agravamento das injustiças, desigualdades, miséria, agressões bélicas, milhões de refugiados, por um mundo pior e com vários focos de guerra, criando um caldo de cultura e de tensão social favorável ao desenvolvimento do populismo, da extrema-direita e do neonazismo.

Para além das ameaças, incertezas e interrogações que a eleição de Trump provoca, após ultrapassar a frustração, será a luta e mobilização do povo americano pela democracia, justiça social e paz, que poderá travar o perigo duma política presidencial americana mais reaccionária e agressiva a nível interno e externo. 

2 comentários:

  1. Embora isto ande tudo ligado, como dizia o poeta Eduardo Guerra Carneiro, devíamos ter mais cuidado com a maneira como escolhemos os nossos representantes políticos e não sermos tão sábios em relação às decisões americanas. De tanto baterem no Trump, que possivelmente terá grande dificuldade em gerir uma "empresa gigante", o homem ainda acaba por criar uma legião internacional para o defender. Vamos esperar, para ver e, entretanto, vamos procurar ajudar a resolver os graves problemas da "nossa casa".

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  2. Excelente reflexão amigo Ernesto. Excelente e útil, porque o que se passa nos EUA, de bom ou de mau, tem reflexos em todo o mundo. O caos e a desgraça em que este mundo está mergulhado, principalmente nas zonas de guerra e os milhões de refugiados e os muitos milhares que morrem ao fugir delas, o principal culpado chama-se Estados Unidos da América ( do norte)

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