David Pontes, subdiretor do Jornal de Notícias, um jornal fundado em 1888 (é bom recordar), escreveu hoje um artigo a propósito (ainda) da polémica cuspidela de Bruno de Carvalho. Acontece que não se refere a uma «cuspidela», mas ao «vapor»!
Começa assim o referido texto (página 2):
"Imaginem que se desligaram do Mundo durante um dia. Nem jornais, nem televisão, nem redes sociais. Depois desse jejum, sentam-se numa confeitaria para um café, levantam a cabeça e está na televisão a seguinte frase: "Da boca de Bruno de Carvalho, só saiu vapor".
Confesso que esfreguei os olhos duas vezes perante a frase com contornos mitológicos, antes de conseguir sintonizar no candente tema que, ao que percebi, tem ocupado fóruns de debate, rios de tinta e muitos minutos de televisão."
Não foi ao assunto desinteressante desse tal «vapor» que se diz ter saído da boca do presidente do Sporting que fiquei interessada e presa. Mas antes à ideia de poder estar desligada do Mundo não apenas por um dia, mas por uns tantos, os que me fossem possível.
Durante a semana, há um dia em que experimento ficar sem redes sociais, nem tv, nem jornais e é puro tratamento de desintoxicação!
Com notícias como aquela - vinda de Alvalade e de seus balneários, onde o «vapor» devia ser apenas dos banhos quentes dos jogadores - , o melhor é desligar do Mundo!
O subdiretor do JN reflete sobre a necessidade, mesmo entre os profissionais do jornalismo, de "questionarmos a qualidade do debate público, o clima de conflitualidade e de discurso irracional que ocupa muito do nosso tempo. (...) pagamos milhões de dólares [cita um treinador de basquetebol americano] para as pessoas irem para a televisão berrar umas com as outras (...) o homem que te vai liderar emite rotineiramente mensagens racistas, insultos."
Tenho a tv desligada.
Olhe que a minha TV está mesmo guardada no roupeiro (é sítio calmo e resguardado). Fartei-me de pagar e aturar uma operadora de cabo para no fundo ver o quê?... Talvez um dia desse instale TDT, mais a mais agora com a próxima expansão, parece uma boa opção. Até lá... rádio. Mas curioso mesmo é que à refeição, entre colegas de trabalho, se comentava que se via mesmo o vapor a sair da boca do presidente. Via-se o quê?!? Demorei um bom bocado a chegar lá. As coisas que nos fazem gastar tempo. Diz ele, que entretanto leu meia notícia de o mesmo presidente passear em Londres... tem dias que somos uns tontos, não...?
ResponderEliminarObrigada, Ricardo. Cada vez mais adepta da rádio (TSF : sinais do Fernando Alves, Play List, noticiário, Livro do dia, etc.)
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