"O medo da morte é o fundo de comércio de todas as
religiões", li no "espaço do leitor" do JN de hoje.
Será realmente o medo da morte que nos faz crer na
existência de um ser inteligente criador do Universo e que nos avaliará depois desta
vida?
Essa crença tem existido em todos os tempos e cantos do planeta, parecendo que o ser humano nasce predisposto para acreditar.
Essa crença tem existido em todos os tempos e cantos do planeta, parecendo que o ser humano nasce predisposto para acreditar.
E, se isto for verdade, podemos comparar esta pulsão
com outras pulsões, como as que nos levam a respirar, comer, beber e
reproduzirmo-nos?
Eu sei que os ateus respondem com um não absoluto
e eu repito o padre e teólogo Tomás Halik quando diz "estou
de acordo com os ateus em quase tudo; só divirjo deles na paciência com
Deus"
Eu também procuro ter paciência com Deus, principalmente
quando vejo o sofrimento dos outros e o meu próprio. Entretanto, vou pensando
nisto:
- será o medo da morte que leva tantas mulheres e
homens, inspirados pela Fé, a praticarem obras de ajuda ao próximo
expondo-se precisamente à morte e, por vezes, como acontece em
África, no Médio Oriente e noutros locais, com elevada probabilidade desse
risco?
- dizem os cientistas (número 1055 da "Science et
Vie", de Agosto de 2005), que existe uma predisposição genética para
acreditarmos, o que vem dar força àquela minha comparação das pulsões.
Eu acredito, apesar do aproveitamento comercial que
bastantes humanos, incluindo responsáveis de todas as religiões, fazem da
religião, da fé, de Deus!
José Madureira
(JN, 12/11/2016)
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