Quando se diz que Lisboa não tem
hotéis para tanta gente que aflui por isto ou por aquilo, ficamos todos muito
felizes porque, ou é turismo ou são negócios e tudo no final se traduz em
muitos euros que ficam na capital em hotéis, restaurantes, bares, comércio em
geral.
E ninguém
parece perceber que isto é uma situação recorrente e altamente penalizadora
para o resto do país.
Para além
do centralismo politico a que já nos habituamos, persiste por parte de gestores
de grandes empresas o mesmo irritante vicio: convocar para Lisboa, dia sim, dia
sim centenas de profissionais que para lá se deslocam vezes sem conta, para
reuniões, muitas delas diminutas, entupindo a capital.
Parece que
ninguém se preocupa em avaliar a produtividade desses gestores ao tomar
decisões dessas.
Ou apenas
quando está em causa a subida do salário mínimo para os 600€ é que os doutos
tecnocratas chegam à brilhante conclusão que o trabalhador comum não apresenta
produtividade para merecer os 600€. Será?
Ao cidadão
comum compete-lhe trabalhar, pagar os impostos, cumprir as suas obrigações
cívicas, zelar pelo meio ambiente, através da reciclagem, etc, etc, etc.
E aos
gestores de topo que gerem situações de benefício para o comércio e serviços,
para não referir outros, será que não lhes compete zelar por todo o ambiente
português?
Ficaria
tão bem e mostraria o lado de modernidade desses gestores descentralizar,
beneficiando outras cidades deste país com as tão “necessárias” reuniões.
O
Professor Marcelo, presidente multifacetado, bem que poderia dar umas dicas aos
senhores das grandes decisões (deputados incluídos): não é só ganhar eleições,
ou um lugarzinho ao sol e depois enclausurar-se na capital.
Existem mais terras
e gentes que trabalham, votam e merecem o mesmo respeito e oportunidades.
apoiado! até sábado!
ResponderEliminar