sexta-feira, 11 de novembro de 2016

EUA elegeram um não-político


 As eleições nos EUA não se resumiram ao confronto Hillary-Trump. Na Europa, poucos saberão que houve mais candidaturas. Se Hillary era a
candidata da evolução (ou involução?) na continuidade: sociedade mais securatizada; pobres ainda mais pobres; mais e melhor armamento para
destroçar o terrorismo; reforço da amizade com o repressivo Israel e outras iniquidades, já o vencedor, Donald Trump, teve logo os parabéns do
musculado Putin, do assassino chefe de Estado das Filipinas e do execrável Órban, 1º ministro húngaro. Diz-me com quem andas... Quase todo o
jornalismo perdeu esta batalha contra o cripto-fascista Trump, mas não perdeu a guerra. A imprensa que se cuide... Este é o expoente máximo do perigoso populismo que surge por incapacidade de resposta aos povos, por parte da classe  política. Ganhou o aventureirismo raivoso contra a democracia. O seu discurso é um risco imenso para a comunidade internacional. O futuro presidente vai tentar domesticar a Constituição democrática americana, galopando no Senado e na Câmara dos Representantes, onde tem a maioria. Considera as alterações climáticas e suas resoluções para abreviar um caminho suicida, tão-só um entrave à expansão industrial norte-americana... Considerando aquela realidade como um pormenor de somenos importância(!).
   Chega ao mais alto cargo sem experiência político/militar. Esta vitória espoletará a actuação de partidos de extrema-direita, fascistas e nazis! É um
beneficiário do regime, ele próprio não paga os seus impostos, conforme foi ensinado pela Finança, a quem dará tenças... É uma deriva autoritária que explora o medo e a raiva justificadas - dos pobres!... O Mundo fica entregue a um figurão cuja opacidade e vazio de ideias de futuro foi expressa nos seus inflamados discursos.
   Presume-se que esta estória não acabe bem. O Planeta fica mais exposto...  

                                                           artigo de opinião de Vítor Colaço Santos 


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