Esta verdadeira telenovela da CGD ainda vai continuar,
apesar de os seus actores não terem conseguido desempenhar os seus papéis a
preceito. Fosse numa qualquer TV nacional ou estrangeira, e haveria certamente
despedimentos, ou pedidos de saída, face aos fiascos verificados. Como os
actores pertencem a um governo "politicamente correcto" e da
esquerda, tudo lhes será perdoado, e poderão desempenhar outras novelas nos
mesmos papéis. Tal como noutros assuntos mal conduzidos, nos ministérios da Defesa
(Colégio Militar), no dos Negócios Estrangeiros (filhos embaixador do Irão),
Educação (falsas habilitações de adjuntos do Gabinete e demissão de Secretário
Estado), este governo responde apenas às críticas da oposição afirmando que os
assuntos estão "encerrados". Foi o ministro Santos Silva que
inaugurou essa prática, prontamente imitado pelo PM Costa. No caso concreto da
CGD, a equipa de administração foi totalmente da responsabilidade do governo,
com quem combinou o que entendeu. Passando de largo pelo facto (controverso) de
em pleno mandato da anterior administração, ter ido a Bruxelas a negociar
uma recapitalização quando o "negociador" ainda era administrador do
BPI, este terá sido posteriormente enganado quando lhe terá sido prometido que
não teria de divulgar os seus património e rendimentos. Ora isso foi muito
revelador da incompetência ou má-fé de quem lhe terá prometido o que se sabia
ser manifestamente ilegal. É curioso constatar agora, que os tão (mal) falados
vencimentos vultuosos dos administradores foram conseguidos por uma lei
"ad hominem", tal como uma outra lei do mesmo tipo foi agora
determinada pela AR no sentido de obrigar sem margem para qualquer dúvida a
publicização dos rendimentos e património. E com esta última o presidente da
CGD não aguentou mais. Estava no seu direito, no pressuposto de lhe terem
faltado a um compromisso. E nós portugueses, contribuintes do OE e
"accionistas" da CGD, estamos no direito de pedir responsabilidades e
consequências a quem tão mal actuou.
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