terça-feira, 19 de dezembro de 2017

HÁ MALES QUE VÊM POR BEM



Apesar dos elevadíssimos malefícios, confirma-se a tese de que foi preferível a eleição de Trump, à de Hillary Clinton. Porquê? Porque, tal como ele, a senhora adorava (e adora) o cheiro a pólvora, e também com ela, seria o first América. Mas, com uma grande diferença; é que Hillary e o seu staff, seriam verbalmente muito mais discretos, muito mais polidos, muito mais hipócritas, mas os resultados, em matéria de política externa, não seriam substancialmente diferentes. O first América, significa subordinação aos poderosíssimos lobbies, com destaque para o do armamento. Portanto, significa, guerras, sede de domínio, ânsia de poder e de hegemonia planetária.
Tal como todos os impérios, as fases deste, do yankee, não fogem à regra; ascensão, apogeu e queda. E Trump, como é prepotente, chauvinista, primário, como se está nas tintas para o Direito Internacional, para a ONU, para tudo e todos que o contrariem, como é o quero posso e mando, sem máscaras, à força, à bruta, como é a própria força bruta, isso deteriora, e de que maneira, a falsa imagem tutelar e protetora dos EUA. Logo, é um poderoso contributo à consumação da 3ª e derradeira fase do império.
Foi a saída da UNESCO, a suspensão de acordos tão importantes como o de Quioto, o Pacto Mundial da ONU sobre Migração e Refugiados, o Pacto Nuclear com o Irão, e agora, o atear do rastilho do barril de pólvora do Médio Oriente, ao reconhecer Jerusalém como capital do seu aliado Israel, liderado pelo amigo, o ultra falcão sionista Benjamim Netanyahu. Provocando assim, não só a hostilidade do mundo árabe, como o desagrado na generalidade das chancelarias mundiais.
Portanto, inexoravelmente, o império yankee, praça forte do capitalismo, resvala para o abismo da história. E isso, é um bem para a paz mundial e para a humanidade.
Francisco Ramalho

Publicado no semanário "O Seixalense"


1 comentário:

  1. Os adágios populares sobre o "mal" são mais que muitos. Esse "há males que vêm por bem", "um mal nunca vem só", "não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe", mas o seu (interpretação minha, do corpo do seu texto) " há males que vêm pelo pior, que vem por bem", esse não conhecia...

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