O ex-operário e agora patrão dos patrões, António Saraiva, foi à UE fazer queixinhas, por considerar o Salário Minimíssimo Nacional (SMN), incomportável(!). Foi feio! Esta gente que está sempre a referir a importância da Concertação Social, na prática despreza-a.
Voltou a discutir-se o SMN com todos os parceiros sociais, em sede própria. A atribuição do valor final tem estado refém das decisões unilaterais das confederações patronais. A União Geral dita dos Trabalhadores, nesta matéria, tem tido um comportamento pró-patronato. Porquê? As confederações patronais deviam ter vergonha em discutir um aumento (leia-se esmola) de 0,80 cêntimos/dia no SMN. O actual é 557 euros, em Janeiro será 580 euros. Esta esmola compra o quê? Ainda assim, os patrões, para assinarem o novo SMN, queriam uma redução na comparticipação para o Fundo de Compensação do Trabalho. A esmola concedida mais uma vez seria subsidiada! Temos o pior SMN da Europa, exceptuando em alguns países de Leste. O patronato é rentista ( querendo menos Estado) e como diz o Povo: Só dão um chouriço a quem lhes der um porco!
A desvalorização salarial e a desregulação laboral são inimigas do crescimento. Havendo um
aumento da riqueza, então que haja distribuição equitativa da mesma, para valorizar o trabalho e os trabalhadores.
Vítor Colaço Santos
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