A gente olha para ela e não vê se
não uma garota de programa, para passar um tempo em Porto Santo ou em Olhão,
nas areias delicadas de um e outro lugar à beira- mar, sob aveludado sol. No
entanto há os que não pensam assim, e forçam para que a gente veja nela, só,
uma líder política capaz de levar por diante um projecto que a ultrapassa e até
a esmaga. Todas as leituras são legítimas. Quase todos analisam de acordo com
os seus desejos e vontades, e poucos são, os frios e objectivos, distantes e
neutros. As opiniões divergem, entendendo que ela ganhou as eleições
autonómicas. Outros que tal vitória é inconsequente e que a Catalunha,
continuará no impasse sem saída pacífica e aliviadora da situação existente.
Vitória de Pirro do Épiro, chamam-lhe, os mais críticos e desalinhados. É um
facto, que tal resultado obtido pela rapariga vistosa, não dá para que assuma a
presidência da Generalitat. Nem a moça graciosa, tem fôlego e desembaraço para
a luta que se avizinha. Não lhe bastaria o sorriso pela vitória agridoce
alcançada. A Esquerda dos políticos batidos nestas batalhas, entre Filipes,
Rajoys, regime viciado em franquismo, e os que se opõem ao artigo 155, desde o
cárcere até Bruxelas, não permitiam à “muchacha” licenciada em Direito, com
cara de bolacha da “cuêtara”, permanecer no cargo maior, durante tempo
suficiente para provar a sua capacidade de governante de um povo, que quer
viver em República, e renega a monarquia velha, e sem defesa nem razão para
existir. De Bruxelas chega a voz do verdadeiro líder. Aquele que ainda é
tratado por, Presidente. Não que ele represente todos os catalães, mas aqueles,
que somados os “escaños” obtidos na área independentista, podem ditar de facto,
o caminho a seguir, ou a retomar a direcção interrompida, pela acção da força e
da repressão de Madrid, prendendo e exilando os líderes que lutam por um anseio
velho de séculos. Por ora, a Catalunha, é uma espécie de cubo de Rubick, a
precisar de quem dê as voltas necessárias para que as faces todas se apresentem
certas, e com a exigência reclamada. Caso contrário, não lhe valerá de nada,
partir para um modelo, tipo geringonça lusa. Espanha não é Portugal, e a
muchacha não tem peso, se não para passar umas férias em Porto Santo ou em
Olhão, sob um sol delicado e a sujeitar-se a um bronze de fazer inveja, a
qualquer “zézé camarinha”.
-(publicdº no DN.madª24/12/017)
-(publicdº no DN.madª24/12/017)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.